Ex-funcionário diz que empresa de disparos de WhatsApp trabalhou para o PT

  • Por Jovem Pan
  • 11/02/2020 18h02 - Atualizado em 11/02/2020 20h13
Jane de Araújo/Agência Senado Hans River do Rio Nascimento, ex-funcionário da Yacows (à direita)

Hans River do Rio Nascimento, ex-funcionário da Yacows, investigada por fraude em disparos via WhatsApp nas eleições de 2018, afirmou em depoimento da CPI das Fake News no Congresso que a empresa trabalhou para o PT.

Segundo ele, a empresa foi contratada quando o ex-presidente Lula foi preso, em abril de 2018. “O Lula ‘entrou’ preso e a empresa Yacows recebeu um valor”, disse. Nascimento afirmou ainda que a Yacows “tem forte ligação do PT”.

Nascimento ainda citou o então candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, e do MDB, Henrique Meirelles, como beneficiários pelos disparos. “No caso do Haddad, podia mandar [disparos] para todo o território nacional, mas não podia usar números telefônicos internacionais.”

O autor do requerimento para ouvir o ex-funcionário da Yacows foi o petista Rui Falcão (SP), o que provocou uma saia-justa. O depoente chegou a afirmar taxativamente para o parlamentar que havia trabalhado para ele.

Nascimento disse enfrentar dificuldades financeiras — inclusive para custear tratamento de saúde — após a publicação de reportagem do jornal Folha de S.Paulo sobre supostos “disparos em massa” de WhatsApp nas eleições para alavancar a campanha de Jair Bolsonaro. A Yacows, conforme a publicação, teria sido subcontratada pela produtora AM4, que prestou serviço para a chapa de Bolsonaro.

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