Ex-líder trabalhista é detido na Austrália após voltar de luta contra o EI

  • Por Agência EFE
  • 05/04/2015 03h30

Manifestantes curdos turcos destroem grade em Sanliurfa EFE Manifestantes curdos turcos destroem grade em Sanliurfa

A Polícia da Austrália deteve um ex-dirigente territorial do Partido Trabalhista em seu retorno ao país após lutar junto às milícias curdas contra o Estado Islâmico (EI) na Síria, informou neste domingo a imprensa local.

Matthew Gardiner, de 43 anos, que saiu da Austrália no começo do ano, foi detido esta manhã por agentes de alfândegas no aeroporto de Darwin, no norte do país, após retornar de Oriente Médio via Estocolmo e Cingapura, segundo a televisão “ABC”.

Gardiner, que serviu como engenheiro do Exército australiano na Somália nos anos 1990, foi cessado como presidente trabalhista no Território Norte e sua militância ficou suspensa após sua saída do país, segundo o partido.

Um porta-voz do procurador-geral afirmou que os australianos proíbem o apoio a qualquer grupo armado na Síria, incluindo as milícias curdas, e que combater ilegalmente no exterior pode acarretar uma pena de prisão perpétua na volta à Austrália.

“Sabemos que há australianos que acreditam tomar a decisão correta ao se envolver em conflitos no exterior, mas isto só acrescenta mais sofrimento na Síria e no Iraque e põe esses australianos em perigo”, disse o porta-voz.

O governo acredita que 110 australianos saíram do país para se unir à luta do EI no Iraque e na Síria, dos quais 20 teriam morrido em combate, enquanto outros 400 são estritamente vigiados pelas forças de segurança do país oceânico.

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