Ex-ministra lidera partido político de Kim Dotcom na Nova Zelândia
Sydney (Austrália), 29 mai (EFE).- A ex-ministra Laila Harré foi apresentada nesta quinta-feira como líder do Partido da Internet, fundado pelo milionário Kim Dotcom, que aguarda na Nova Zelândia uma audiência de extradição aos Estados Unidos por pirataria informática e fraude.
Harré liderará as listas do partido nas eleições do próximo dia 20 de novembro, já que Dotcom, cidadão alemão nascido como Kim Schmitz, é o presidente do partido, mas não pode ser candidato por ser estrangeiro.
Na apresentação do partido em Auckland, Harré afirmou que a formação lutará pelo Estado de bem-estar, pelo direito à educação gratuita na Universidade, pela liberdade de expressão e na defesa do meio ambiente.
“A liberdade na Internet é a liberdade de expressão de nossa era”, disse a ministra entre 1999-2002 de um governo de centro-esquerda e que depois trabalhou na ONU.
O programa eleitoral do Partido da Internet defende que os neozelandeses tenham mais acesso, mais rápido e barato, à web; a criação de postos de trabalho de alta tecnologia, a proteção da privacidade e a defesa da independência do país.
O hacker alemão, em liberdade condicional enquanto espera o julgamento do pedido de extradição aos EUA, expressou publicamente sua oposição ao governo neozelandês, especialmente ao ser divulgado que uma agência de inteligência o espionou ilegalmente.
Dotcom foi detido em 20 de janeiro de 2012 em sua mansão em Auckland em uma operação policial a pedido dos Estados Unidos, que o acusa de orquestrar a maior rede de pirataria informática mundial através do site criado por ele (e fechado na época), o Megaupload.
Os Estados Unidos pediram sua extradição oficialmente em março de 2012, mas os tribunais neozelandeses adiaram diversas vezes a audiência do caso, marcada por enquanto para 7 de julho.
As eleições na Nova Zelândia acontecem a cada três anos e a legislação eleitoral estabelece que o partido que obtiver 61 das 120 cadeiras do parlamento unicameral terá o direito de formar o governo e nomear o primeiro-ministro. EFE
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