Ex-ministro da Fazenda explica desafios da nova equipe econômica do governo
A montagem do novo governo de Dilma Rousseff gerou nos últimos dias especulações. A nova equipe econômica da presidente tem se tornado temas de conversas e mexido com o mercado financeiro. Além disso, a mandatária sofre pressões internas do Partido dos Trabalhadores.
Segundo a editora de economia da JOVEM PAN, fala-se que Dilma estaria aguardando a aprovação de mundanças na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para que a nova equipe não tenha que lidar com essa situação.
Para o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, se os nomes indicados forem confirmados, o próximo governo terá uma equipe de “altíssimo nível”. Ele explicou que essa é a parte mais fácil do processo de renovação do governo.
“Em seguida, vem a parte um pouco menos fácil que é a de desenhar um conjunto de medidas para ajustar as finanças do Estado à realidade da dívida, tem que ter o supávit primário, tem que abandonar as inúmeras práticas lamentáveis do período Dilma”, falou.
Segundo Nóbrega, essas medidas são a interferência na energia elétrica, o controle de preço da Petrobras, intervenção no Banco Central e no mercado de câmbio. A parte mais difícil é preservar esse programa e resistir às pressões para flexibilizar as regras.
“Em algum momento, o ajuste tem a fase difícil que produz a queda da atividade econômica, aumento do desemprego, reduz a renda que é a fase do tratamento para, então, vir, um ano, dois depois a fase da colheita, dos resultados”, explicou. ,
Questionado sobre o ‘pavor’ que um ajuste de dois anos pode causar, o especialista disse que o empresário consciente vai enfrentar isso porque ele terá “previsibilidade”. Nóbrega explicou que o investidor se prepará para enfrentar esse período. Para ele, o problema é quando o ambiente econômico é de incertezas, com tem sido.
Ouça a entrevista completa no áudio com os jornalistas JOVEM PAN Denise Campos de Toledo, Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto.
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