Ex-ministro de Mubarak é absolvido em caso de corrupção

  • Por Agencia EFE
  • 19/03/2015 10h51
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Cairo, 19 mar (EFE).- O ex-ministro egípcio do Interior Habib al Adli, que ocupou o cargo e foi uma das pessoas mais odiadas durante o regime de Hosni Mubarak, foi absolvido nesta quinta-feira em um caso enriquecimento ilícito, o que pode ocasionar em sua libertação.

Preso desde 2011, Al Adli foi considerado inocente da acusação de apropriação ilícita de 181 milhões de libras egípcias (cerca de R$ 78 milhões) pelo Tribunal de Guiza, segundo informou a agência oficial “Mena”.

O departamento de combate ao enriquecimento ilícito havia acusado Al Adli de ostentar uma fortuna que não corresponde com sua renda legítima, aproveitando-se do cargo de ministro e de sua influência.

As investigações mostraram que Al Adli possui palácios, vilas, chalés, terrenos agrícolas, apartamentos e contas bancárias com grandes quantias.

No ano passado, a Justiça absolveu o ex-ministro de vários casos de corrupção e de seu envolvimento na morte de centenas de manifestantes durante a revolução de 2011 contra Mubarak, motivo pelo qual havia sido condenado à prisão perpétua em um primeiro julgamento.

Entre outras causas judiciais, o ex-ministro foi condenado a 12 anos de reclusão, em maio de 2011, por lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, mas nesse caso foi declarado inocente em junho do ano passado.

Também foi sentenciado a cinco anos de prisão por desvio de dinheiro público, mas um tribunal o absolveu em fevereiro, na repetição do processo.

Ainda pesa sobre Al Adli uma condenação de três anos de prisão por obrigar vários policiais a trabalharem em terrenos de sua propriedade, determinada em fevereiro de 2013 e confirmada um ano mais tarde.

No entanto, o ex-ministro já passou mais de três anos atrás das grades, por isso, segundo seus advogados, deveria ser liberado por não ter mais causas pendentes.

Al Adli, ministro do Interior entre 1997 e 2011, durante o mandato de Mubarak, foi uma das figuras mais odiadas do regime devido à repressão policial, às prisões arbitrárias e às torturas que marcaram esse período. EFE

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