Ex-ministro de Segurança Pública chinês é condenado à prisão perpétua
Pequim, 11 jun (EFE).- O ex-ministro de Segurança Pública chinês Zhou Yongkang, que também foi o responsável pela principal petrolífera do país, CNPC, foi condenado à prisão perpétua por corrupção e vazamento segredos de Estado, informou a agência oficial “Xinhua” nesta quinta-feira.
A sentença foi revelada sem que as autoridades tivessem informado previamente Zhou do julgamento, que se tornou o mais alto funcionário a ser julgado pela República Popular da China desde sua fundação em 1949.
De acordo com “Xinhua”, o julgamento aconteceu em 22 de maio na cidade de Tianjin, a cerca de 200 quilômetros de Pequim, mas o caso não havia sido informado até hoje “por envolver segredos de Estado”.
Zhou decidiu não apelar à sentença, acrescentou a agência estatal, que detalhou que ele também foi condenado à privação de seus direitos políticos e teve os bens confiscados.
Fontes do Tribunal Popular Supremo tinham dito em março que o julgamento seria público, semelhante ao feito em 2013 contra um dos principais aliados de Zhou no seio do Partido Comunista, o também ex-ministro Bo Xilai.
Zhou é o único ex-membro do Comitê Permanente do Partido Comunista da China (o limitado grupo de entre cinco e nove pessoas, atualmente sete, que concentra o poder no regime comunista) que foi objeto de uma investigação desde a fundação da República Popular.
Dono de um dos currículos mais extensos e impressionantes da atual hierarquia comunista chinesa, Zhou foi ministro da Terra e Recursos (1998-99), principal responsável do PCCh na província de Sichuan (1999-2002) e, entre 2002 e 2007, titular da pasta de Segurança Pública. Neste cargo, controlou a polícia, os serviços paramilitares, as redes de inteligência e espionagem e conseguiu grande influência nos tribunais chineses. EFE
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