Ex-namorada disse que copiloto queria ser lembrado, publicou jornal alemão
O jornal alemão Bild entrevistou “Maria W.”, atendente de voo e suposta ex-namorada de Andreas Lubitz, o copiloto que teria derrubado avião da Germanwings nos alpes franceses, matando 150 pessoas.
Maria, de 26 anos, trabalhou em voos europeus com Lubitz durante cinco meses no ano passado, tempo no qual teriam se envolvido romanticamente
Logo quando ouviu falar da queda, ela diz ter se lembrado de Andreas Lubitz dizendo em 2014: “Um dia eu vou fazer algo que vai mudar todo o sistema e todos vão conhecer meu nome e lembrá-lo”.
Ela se disse “muito chocada” com o evento.
A ex-namorada disse que o grande sonho do copiloto era se tornar piloto de longo curso e conseguir um emprego na Lufthansa. Cogitando a possibilidade de Lubitz ter provocado a queda, ela disse que teria sido causado por ele considerar esse sonho impossíve, e por causa de seus problemas de saúde.
Ela diz ter se separado dele porque “ia se tornando cada vez mais claro que ele tinha um problema”. Ela conta ainda que Lubitz tinha muitos pesadelos, inclusve um dia teria acordado gritando: “estamos caindo!”.
O próprio jornal alemão já havia dito que Lubitz procurou um psiquiatra em 2009 para tratar “uma séria depressão”.
A Lufthansa anunciou que Lubitz suspendeu seu treinamento de piloto em 2008 e o retomou em 2013.
Lubitz tinha 27 anos. O primeiro-ministro francês Manuel Valls disse que os sinais “apontavam para um ato que não podemos descrever: criminoso, louco e suicida”.
Procuradores alemães encontraram na casa de Lubitz “documentos médicos que sugerem a existência de doença de tratamento médico apropriado”, incluído uma “folhas com anotações recentes de doença, entre elas uma que cobria a data da colisão do avião”. A doença não foi especificada, entretanto.
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