Ex-prefeito de oposição e ex-chefe de polícia são libertados na Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 05/02/2015 02h50
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Caracas, 4 fev (EFE).- O ex-prefeito da cidade de San Diego, na região central da Venezuela, o opositor Vicenzo (Enzo) Scarano, e o ex-chefe de polícia dessa cidade, Salvador Lucchese, presos há mais de dez meses, foram libertados nesta quarta-feira após o cumprimento de suas penas, informou o próprio Scarano através do Twitter.

“Liberdade plena para ambos! É preciso seguir lutando pela liberdade plena de todos os presos injustamente”, escreveu o ex-prefeito na rede social.

Scarano, que no dia 17 de janeiro passou para a prisão domiciliar “por razões de saúde”, cumpriu pena de dez meses e meio de prisão, assim como Lucchese.

Antes dessa data, o ex-prefeito se encontrava detido na prisão militar de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, junto com Lucchese, além do ex-prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos, e do político de oposição Leopoldo López, que ainda permanecem presos.

Os quatro opositores foram acusados de crimes relacionados com a onda de protestos antigovernamentais do início do ano passado, que deixou 43 mortos, centenas de feridos e detidos.

Scarano foi preso no dia 19 de março por não acatar uma sentença que o obrigava a impedir a colocação de barricadas pelos manifestantes que protestavam contra o governo.

Após ser destituído de seu cargo pelo Supremo Tribunal, o Conselho Nacional Eleitoral convocou novas eleições municipais em San Diego, que foram vencidas pela esposa de Scarano, Rosa Brandonisio, com 87% dos votos, em uma disputa na qual a candidata contou com o apoio do ex-prefeito e da aliança de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD).

O Departamento de Estado dos Estados Unidos acusou no dia 3 de dezembro o governo da Venezuela de intimidar e punir seus críticos, depois que a opositora María Corina Machado foi acusada de “conspiração” por um suposto plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro.

No mesmo comunicado, assinado pela porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf, a funcionária disse que os Estados Unidos continuam solicitando ao governo da Venezuela que “liberte os presos políticos, entre eles dezenas de estudantes, o líder de oposição Leopoldo López, além de Daniel Ceballos e Enzo Scarano”.

Os protestos contra o governo de Maduro começaram no dia 12 de fevereiro de 2014 e se desenvolveram com força durante quatro meses com muitos episódios de violência. EFE

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