Ex-presidente aceita derrota nas eleições parlamentares do Sri Lanka

  • Por Agencia EFE
  • 18/08/2015 01h59
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Colombo, 18 ago (EFE).- O ex-presidente Mahinda Rajapaksa, líder da Aliança para a Liberdade do Povo Unido (UPFA), aceitou nesta terça-feira a derrota nas eleições parlamentares de ontem no Sri Lanka e garantiu à Agência Efe que não fará parte da coalizão de governo.

“O Partido Unido Nacional (UNP) parece estar ganhando”, disse Rajapaksa, ao assinalar que, de qualquer forma, a legenda liderada pelo atual primeiro-ministro, Ranil Wickremasinghe, não conseguirá ter maioria absoluta.

“Já disse que não vou entrar em um governo nacional. Apoiarei as boas políticas e me oporei às ruins”, declarou, deixando claro que seu partido liderará a oposição.

Com seis dos 22 distritos apurados até o momento, o UNP desponta como o grande vencedor das eleições, mas necessitará do apoio de outros grupos minoritários para formar governo.

“Perdemos a eleição. A Aliança ganhou nove distritos eleitorais, contra 11 do UNP e três da Aliança Nacional Tâmil (TNA). Embora nenhum partido tenha garantida a maioria no parlamento, o UNP formará um governo minoritário”, escreveu no Facebook Udaya Gammanpila, um dos pesos pesados do partido de Rajapaksa, equivocando-se, no entanto, no número de distritos.

Cerca de 15 milhões de pessoas estavam convocadas às urnas no Sri Lanka para escolher os 225 legisladores que comporão o parlamento durante os próximos seis anos nos pleitos mais tranquilos dos últimos anos, segundo autoridades e observadores.

Essas eleições tinham especial importância porque foi a primeira disputa eleitoral após a inesperada derrota de Rajapaksa nos pleitos presidenciais de janeiro e os resultados, por enquanto, confirmam as pesquisas prévias.

Embora não haja números oficiais de participação, a organização não governamental Campanha para as Eleições Livres (Caffe, sigla em inglês), habitual observadora eleitoral no Sri Lanka, comentou que “espera-se que o nível de participação supere 65%”.

Rajapaksa, governante entre 2005 e o último mês de janeiro, teve uma mais que controvertida gestão de governo que incluiu o final da disputa contra a guerrilha dos Tigres Tâmeis (LTTE) em 2009, entre várias denúncias de violações de direitos humanos e de massacres de civis. EFE

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