Ex-presidente da Nissan diz que sua prisão é um ‘complô’

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2019 11h03 - Atualizado em 30/01/2019 11h07
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EFE

O brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Nissan Motor, disse nesta quarta (30) que sua prisão em Tóquio seria um “complô” e que foi “traído” por diretores da empresa quando tentou aprofundar as alianças com a Renault e a Mitsubishi.

Em entrevista ao jornal “Nikkei”, na prisão onde está detido, Ghosn negou as acusações judiciais por supostamente ocultar compensações milionárias acordadas com a Nissan e utilizar a empresa para cobrir perdas financeiras pessoais.  “Fiz algo inadequado? Não sou advogado, não sei como interpretar esses fatos”, defendeu o brasileiro.

O ex-presidente afirmou que foi “traído” por outros diretores da companhia contrários a uma “integração mais profunda”  entre a Renault e a Nissan e à qual posteriormente se uniu a Mitsubishi.

O plano havia sido analisado em setembro por Ghosn e pelo CEO da marca, Hiroto Saikawa. Perguntado sobre a detenção, Saikawa afirmou que o brasileiro concentrava muito poder na empresa.  Ghosn rebateu a fala, dizendo que as acusações de liderar uma “ditadura” só escondem a intenção de deslocá-lo internamente e removê-lo do cargo.

Ghosn foi preso na capital japonesa em 19 de novembro do ano passado.

Com Agência EFE

 

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