Ex-presidente taiuanês é libertado provisoriamente por razões médicas

  • Por Agencia EFE
  • 05/01/2015 03h08

Taipé, 5 jan (EFE).- O ex-presidente de Taiwan Chen Shui-bian, de 64 anos, que cumpria condenação de 20 anos por corrupção e falsificação de documentos desde 2008, foi posto nesta segunda-feira em liberdade provisória para receber cuidados médicos em seu lar, informou o Ministério da Justiça local.

Chen, que rompeu mais de 50 anos de governos do Partido Kuomintang (KMT) com sua eleição em 2000, foi julgado e condenado após finalizar seu segundo mandato em 2008, e nos últimos anos sofreu várias doenças e uma depressão grave.

Ele apresentou duas solicitações de liberdade provisória por motivos de saúde, e na semana passada uma equipe médica independente se pronunciou por unanimidade em favor desse pedido.

A saída de Chen da prisão de Taichung, localizada no centro da ilha, foi adotada hoje por um comitê presidido pelo diretor do Centro de Correções do Ministério da Justiça, Wu Hsien-chang.

Chen, segundo os termos de sua liberdade condicional, poderá receber cuidados médicos em seu lar durante um mês, prorrogável no caso de um comitê médico determinar que sua saúde o continue exigindo.

A libertação de Chen foi uma questão muito controvertida em Taiwan, já que desde seu encarceramento milhares de seus partidários pediram um perdão presidencial e denunciaram uma interferência política na condenação do ex-governante.

O presidente taiuanês, Ma Ying-jeou, do KMT, não aceitou os pedidos de perdão para Chen por considerar, entre outras razões, que ele não reconheceu sua culpa e continua se proclamando inocente das acusações pelas quais foi condenado.

Chen, do Partido Democrata Progressista (PDP), é um símbolo do independentismo taiuanês e durante seu segundo mandato adotou uma política de desafio à postura chinesa de impulsionar a unificação da ilha com o território continental. EFE

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