Ex-primeira-dama garante que disputará segundo turno na Guatemala

  • Por Agencia EFE
  • 07/09/2015 23h38

Cidade da Guatemala, 7 set (EFE).- A ex-primeira-dama Sandra Torres se autoproclamou nesta segunda-feira a segunda colocada das eleições gerais realizadas ontem na Guatemala, o que lhe permitiria passar ao segundo turno e concorrer pela presidência com o humorista Jimmy Morales.

“Estou convencida que vou ser presidente da Guatemala”, disse Torres, candidata à presidência pelo partido União Nacional da Esperança (UNE), em entrevista coletiva hoje.

A vaga para o segundo turno pela presidência é disputada de forma muito acirrada por Torres, que obteve até agora 19,67% dos votos, e Manuel Baldizón, do partido Liberdade Democrática Renovada (Lider), com 19,59%, quando já foram apuradas 98,15% das urnas, segundo o Tribunal Supremo Eleitoral.

“Estou otimista. Me sinto contente, convencida de que a Guatemala vai mudar”, acrescentou Torres, ex-empresária do ramo têxtil e ex-esposa do ex-presidente Álvaro Colóm (2008-2012).

Torres declarou que nesta segunda-feira começa uma “nova etapa” eleitoral e convidou a todos os setores da sociedade, inclusive os partidos políticos, a lugar juntos pela “transformação” e “evolução” que o país necessita.

“Hoje mais que nunca queremos construir um país em paz, com unidade, com respeito, com desenvolvimento, com institucionalidade e, sobretudo, transparência”, comentou.

O vencedor do primeiro turno foi o comediante evangélico Jimmy Morales, da Frente de Convergência Nacional (FCN), mas sem alcançar o patamar de 50% mais um dos votos para evitar um segundo turno.

No próximo dia 25 de outubro, o vencedor da disputa entre Torres e Baldizón enfrentará Morales, que obteve até agora o apoio de 23,9% da população.

Sobre Morales, Torres disse que o país precisa de um presidente com “experiência” e “sem improvisações” para poder resolver os problemas estruturais do país, como a discriminação, a pobreza, a falta de educação e o desemprego.

“A Guatemala não é uma brincadeira”, afirmou enérgica.

Mais de 7,5 milhões de guatemaltecos estavam convocados às urnas para as eleições gerais, nas quais deviam escolher presidente, vice-presidente, deputados gerais, prefeitos e deputados para o parlamento centro-americano (Parlacen).

Essas eleições foram realizadas em meio a uma forte crise política marcada por vários casos de corrupção, entre eles o que acarretou a prisão provisória do ex-presidente, Otto Pérez Molina, e da ex-vice-presidente, Roxana Baldetti. EFE

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