Ex-vice-presidente da Camargo Corrêa admite pagamento de propina na Petrobras
Brasília, 26 mai (EFE).- O empresário Eduardo Hermelino Leite, ex-vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, admitiu nesta terça-feira que o pagamento de propina era uma “condição” para operar com a Petrobras.
“Quando assumi a vice-presidência da empresa (em 2011) fui informado de que essa era uma condição e que deveria ser cumprida”, disse aos deputados da CPI da Petrobras.
O empresário admitiu ter tratado sobre esses assuntos com João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, atualmente preso pelas relações com o assunto.
Segundo Hermelino Leite, Vaccari o convocou para uma reunião, disse que a Camargo Corrêa devia parte das comissões por seus contratos com a Petrobras e sugeriu cancelá-las por meio de doações para campanhas do PT.
“Eu me reuni e a diretoria da empresa se recusou”, disse Hermelino Leite, que denunciou que as comissões eram pagas habitualmente a ex-diretores da empresa que também estão presos e que confessaram que repassavam parte do dinheiro a políticos envolvidos.
No caso da Camargo Corrêa, Hermelino Leite calculou que a empresa pagou cerca de R$ 110 milhões em comissões nos últimos anos. EFE
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