Exercícios podem retardar sintomas de doenças neuropsíquicas na velhice, dizem médicos

Jovem Pan Além de ajudar o corpo, os exercícios físicos podem retardar os sintomas das doenças neuropsíquicas

A professora de geografia Ana Maria da Silveira faz musculação para aliviar os sintomas que surgiram com a artrose. Aos 72 anos, ela dá aulas e sempre está em atividade. “Eu cheguei a conclusão que se você não faz alguma coisa, você para de vez”, diz.

Fazer exercícios é fundamental para se manter saudável, principalmente quando a gente passa dos 60 anos. Mas, além do corpo, a mente também sofre os efeitos de uma vida sedentária. A velhice traz mudanças: término de ciclos, novos cargos hierárquicos e transformações no ambiente familiar, o que acaba afetando o psicológico.

“Esses choques podem impactar muito a saúde mental das pessoas”, afirma o psicogeriatra Ricardo Abel Evangelista, diretor do Núcleo Paulista de Especialidades Médicas. Ele explica que é comum o aposentado desenvolver depressão, por exemplo. Além disso, entre as doenças neuropsíquicas de maior prevalência na terceira idade estão as demências, que prejudicam a cognição, como o Mal de Alzheimer.

O psicogeriatra Ricardo Abel alerta para a prevenção. “Quanto antes esses sintomas são detectados e tratados, melhor é o prognóstico da pessoa”, explica. Assim como é preciso cuidar do corpo, alimentar-se bem e evitar os excessos, desde cedo, o médico explica que também vale a pena exercitar a mente.

Para ele, quando o indivíduo se dedica ao longo da vida a atividades intelectuais, exercitando a memória e o aprendizado, lá na frente ele vai ganhar no cérebro uma rede neuronal mais rica. “Quando uma ou outra célula se perde, numa doença como o Alzheimer, o sintoma não aparece tão fácil, porque ele tem grandes ramificações cerebrais”, destaca Ricardo Abel.

Algumas doenças neuropsíquicas não têm cura, mas hábitos saudáveis e fortalecimento de corpo e mente podem, sim, retardar os sintomas e promover uma velhice melhor.

#VivaALongevidade: Fazer exercícios é fundamental para se manter saudável. Mas, além do corpo, a mente também sofre os efeitos de uma vida sedentária.

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