Exército birmanês mata jornalista que informava sobre conflito armado

  • Por Agencia EFE
  • 24/10/2014 11h38

Bangcoc, 24 out (EFE).- O Exército birmanês matou um jornalista independente que informava do conflito armado que acontece com a guerrilha da minoria étnica karen, denunciou nesta sexta-feira o Conselho de Imprensa de Mianmar (antiga Birmânia) à imprensa local.

Aung Kiaw Naing foi detido no dia 30 de setembro em Kyaikmayaw, perto da fronteira com a Tailândia, e em 4 de outubro foi alvejado com um tiro quando tentou escapar, após se apoderar da arma de um soldado, segundo a versão oficial que os militares entregaram ao citado conselho e que foi publicada pelo meio “Irrawaddy”.

O Exército acusou o jornalista local, que trabalhava para vários meios de imprensa de Yangun, de ser um “capitão de comunicações” na União Nacional Karen (UNK), braço político da guerrilha Exército Budista para a Democracia Karen.

A organização karen negou a militância do jornalista morto, que estava cobrindo os confrontos com as tropas governamentais no momento de sua detenção.

A mulher da vítima, a ativista Than Dar, disse que ninguém lhe comunicou oficialmente a morte de seu marido, mas afirmou que continuará “lutando pela justiça”, em declarações à “Irrawaddy”.

A UNK é o braço político de uma guerrilha que pegou em armas em 1949, um ano depois da independência de Mianmar, para reivindicar a autonomia de um amplo território do leste do país. EFE

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