Exército iraquiano mata filho de vice-presidente do regime de Saddam Hussein

  • Por Agencia EFE
  • 14/06/2014 06h30

Bagdá, 14 jun (EFE).- O Exército iraquiano matou Ahmed Izzat al-Douri, filho do ex-vice-presidente do regime de Saddam Hussein, Izzat Ibrahim al-Douri, durante um bombardeio contra uma reunião de “terroristas” na cidade de Tikrit, informou neste sábado a emissora de televisão estatal.

A rede, que citou fontes das forças antiterroristas, detalhou que Ahmed Izzat al-Douri, filho do ex-vice-presidente Al-Douri, estava reunido ontem com antigos membros do partido Baath e elementos do denominado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, sigla em inglês) quando acabou morto.

Além disso, pelo menos 50 pessoas morreram nesse ataque que foi lançado graças a informações obtidas pela Inteligência iraquiana, acrescentou a fonte.

Após a invasão americana em 2003, o ex-vice-presidente iraquiano criou uma organização armada, denominada “Exército dos Homens da Confraria (sufista) Al Naqshbandiya”, que luta atualmente ao lado do Isis e de outros grupos insurgentes contra as forças governamentais.

A televisão estatal esclareceu que vários membros desse grupo sufista morreram durante a ofensiva, mas não se sabe se Ahmed Izzat al-Douri era um dos líderes da organização.

A aeronáutica iraquiana bombardeou ontem duas mesquitas na província de Saladino, ao norte de Bagdá, o que causou a morte de pelo menos 33 pessoas, a maioria membros do Exército que estavam sob custódia do Isis para que demonstrassem seu arrependimento por pertencer às forças governamentais.

Ontem, o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, garantiu que as Forças Armadas “recuperaram a iniciativa” e começaram seu trabalho para “limpar” as cidades dos insurgentes, liderados pelo Isis.

Na última terça-feira, os jihadistas sunitas tomaram o controle de Mossul, capital da província de Ninawa, no norte do país, antes de estender sua ofensiva para as províncias de Saladino, Kirkuk e Diyala, em seu caminho rumo a Bagdá e aos santuários xiitas de Karbala e Najaf. EFE

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