Exército israelense mata duas pessoas nas Colinas de Golã, na Síria
Jerusalém, 28 mar (EFE).- O exército israelense matou nesta sexta-feira com tiros de precisão duas pessoas que, segundo sua versão dos fatos, tentavam atravessar a cerca que separa as Colinas de Golã, na Síria, ocupados por Israel desde 1967.
De acordo com um comunicado divulgado pelas Forças Armadas, o fato ocorreu às 10h30 (horário local) quando homens da Brigada Golani (soldados de elite) detectaram duas pessoas nas proximidades da cerca de separação.
No entanto, o site do jornal israelense “Yedioth Ahronoth” detalha que os militares ignoraram o protocolo e não tentaram, nem mesmo, deter os suspeitos “devido às lições aprendidas” recentemente e as “normas operativas mais estritas”.
Há quase duas semanas, quatro soldados israelenses ficaram feridos – um deles com gravidade – ao explodir uma bomba quando patrulhavam a pé a mesma região no pior ataque sofrido pelo exército judeu em sua fronteira norte desde que começou a guerra civil na vizinha síria, há mais de três anos.
Logo após o atentado, a artilharia israelense bombardeou posições do regime sírio na área de Quneitra, na parte do Golã não ocupada, ao que responsabiliza o que acontece na região, embora em privado admita que não controle totalmente o limite, na qual se movimentam elementos jihadistas.
Horas depois, completou sua represália com um bombardeio aéreo sobre um quartel, um campo de treinamento e uma série de baterias sírias, também em Quneitra.
Dias antes, outra bomba explodiu nas proximidades das Fazendas de Chebaa, um território ocupado na fronteira entre Israel, Síria e Líbano que este último reivindica como próprio após ser cedido pela Síria. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.