Exército nigeriano afirma ter tomado o quartel-general do Boko Haram

  • Por Agencia EFE
  • 27/03/2015 11h10
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Lagos, 27 mar (EFE).- O Exército da Nigéria afirmou nesta sexta-feira que retomou o controle a cidade de Gowza, considerada o quartel-general do grupo jihadista Boko Haram, a um dia das eleições presidenciais e legislativas no país.

“As tropas capturaram nesta manhã a cidade de Gwoza, destruindo a sede dos terroristas”, que no mês de agosto declararam nesta cidade um califado islâmico, confirmaram as autoridades militares nigerianas através de sua conta no Twitter.

A vitória militar ocorreu no marco da ofensiva lançada pela Nigéria junto a uma aliança regional contra os terroristas, que mataram mais de mil pessoas desde o início de 2015, quase todas elas no norte do país.

Segundo o Exército nigeriano, o principal ataque à cidade já terminou, mas ainda resta fazer um varredura no centro e nos subúrbios para assegurar que todos os membros do grupo islamita fugiram ou foram capturados.

Gwoza, uma das maiores áreas sob controle do Boko Haram, era considerada a capital do califado islâmico imposto pelo grupo, por isso que sua conquista representa um passo muito importante para a campanha militar multinacional que tenta reconquistar o território em poder dos islamitas antes do pleito de amanhã.

“Antes de realizar as eleições, só a pequena zona da floresta de Sambisa estará nas mãos do Boko Haram”, declarou ontem o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, segundo declarações recolhidas pelo jornal local “Premium Times”.

A ofensiva do Chade, Nigéria, Níger e Camarões, que começou em 14 de fevereiro, conseguiu retomar todas as cidades sob o controle do Boko Haram, exceto duas, Abadam e Kala Balge, segundo as autoridades nigerianas.

“Limpamos (os estados de) Adamawa e Yobe totalmente e conseguiremos fazer o mesmo com o estado de Borno antes que comecem as votações, que confiamos que possam ser realizadas em todas as cidades do país”, acrescentou Jonathan.

Neste ano, o Boko Haram assassinou mais de mil civis, segundo anunciou recentemente a Human Rights Watch (HRW) após fazer um compêndio de informações publicadas nos meios de comunicação e ouvir testemunhas dos ataques. EFE

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