Exército nigeriano retifica e reduz para 9 o número de mortos em atentado

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2015 09h26

(Atualiza com novos números e informações)

Lagos, 17 jul (EFE).- O Exército nigeriano retificou e rebaixou para nove o número de mortos no duplo atentado perpetrado nesta sexta-feira por dois suicidas na cidade de Damaturu, no nordeste da Nigéria, em meio a uma grande multidão de pessoas que se reuniam para celebrar o fim do Ramadã.

Em comunicado anterior, o Exército afirmou que 50 pessoas tinham morrido neste atentado perpetrado por duas mulheres, uma idosa e uma menina de 10 anos, que levavam artefatos explosivos em seus corpos.

“Na primeira explosão, quatro pessoas morreram e outras sete ficaram feridas. Na segunda, outras cinco pessoas perderam a vida e 11 ficaram feridas”, precisou em um novo comunicado um porta-voz do Exército, o coronel Sani Kukasheka Usman.

Apesar de não terem sido reivindicados, todas as suspeitas apontam para o grupo terrorista jihadista Boko Haram.

Segundo explicou, os artefatos foram detonados às 7h40 (3h40, em Brasília), no posto de controle de segurança instalado na entrada de uma zona ao ar livre onde um grande número de fiéis se reuniam por causa da festa do Eid ul-Fitr, que marca o fim do mês de jejum para os muçulmanos, na capital do estado de Yobe.

Este atentado ocorre depois que pelo menos 48 pessoas morreram ontem em duas fortes explosões simultâneas em um mercado da cidade de Gombe, também no nordeste, repleto de gente que comprava mantimentos para celebrar o fim do Ramadã.

Apesar destes dois graves atentados nas últimas 24 horas, o exército insistiu que a situação “está sob controle” e pediu à população que mantenha a calma.

“Nenhum ato terrorista vai dissuadir nossa determinação para acabar com o terrorismo e a insurgência”, assegurou no comunicado.

Todas as suspeitas sobre a autoria dos atentados apontam para o Boko Haram, que nas últimas semanas intensificou sua campanha de ataques no nordeste do país.

Os jihadistas responderam assim ao desafio lançado pelo novo presidente do país, Muhammadu Buhari, que assumiu o cargo em 29 de maio e prometeu acabar com os insurgentes.

Nas últimas duas semanas, o grupo extremista assassinou mais de 500 pessoas na Nigéria, Chade, Camarões e Níger, em uma tentativa por retomar a iniciativa no conflito armado que mantém há anos contra o Estado nigeriano.

Desde fevereiro, uma força multinacional combate o Boko Haram no nordeste da Nigéria e as zonas fronteiriças com o Chade, Camarões e Níger, uma ofensiva que durante meses alcançou importantes avanços contra o grupo islamita, mas que agora parece estagnada pela maior mobilidade dos milicianos. EFE

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