Exilado cubano começa “jejum de consciência” para pedir mediação do papa

  • Por Agencia EFE
  • 16/09/2015 13h21

Miami, 16 set (EFE).- O ativista cubano Ramón Saúl Sánchez, presidente do Movimento Democracia, começou nesta quarta-feira em Miami, nos Estados Unidos, um “jejum de consciência”, para pedir ao papa que durante sua vista a Cuba interceda pela “sociedade civil” e para “a integração da família cubana”.

“Meu jejum espiritual não é um protesto contra a visita papal à ilha, mas um apelo a sua consciência para que interceda pela sociedade civil cubana e inclua em sua agenda o tema da divisão familiar”, disse Sául Sánchez à Agência Efe.

O ativista exilado revelou que seu maior desejo é que Francisco “fale em defesa da sociedade civil nos diálogos” que fará na visita a Cuba, além de abordar o assunto da “divisão das famílias”.

Nesse contexto, Saúl Sáchez denunciou a “repressão” que o governo cubano “continua exercendo sobre a voz da sociedade civil e os líderes opositores cívicos, a quem o regime censura brutalmente, bate e prende”.

O papa chegará a Havana no próximo sábado e visitará depois Holguín e Santiago de Cuba. Nas três cidades ele realizará missas, se encontrará com bispos e religiosos e se reunirá com jovens e famílias cubanas até o dia 22.

Ele aproveitou para condenar a recente detenção de líder cívico cubano Jorge Luís García Pérez “Antúnez”, detido ao voltar à ilha na segunda-feira passada.

Ramón Saúl Sánchez faz seu “jejum de consciência” à base de água, em uma tenda instalada no Monumento aos Mártires na Little Havana. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.