Exilados venezuelanos em caravana rumo a Washington pedem sanções a Maduro

  • Por Agencia EFE
  • 08/05/2014 14h31
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Miami, 8 mai (EFE).- Cerca de 300 venezuelanos residentes em Miami partiram nesta quinta-feira em caravana rumo a Washington para pedir ao Congresso e ao governo dos Estados Unidos que cessem as relações com o executivo de Nicolás Maduro e sejam aplicadas sanções.

Os venezuelanos, que se consideram exilados, viajam em três ônibus e cerca de 40 veículos particulares e devem chegar na sexta-feira a Washington para participar de uma série de atos.

O primeiro deles será comparecer ao Congresso para mostrar “a situação que a Venezuela stá vivendo”, segundo explicou Freddy Moros, um dos organizadores da viagem.

“Depois vamos caminhar até a Casa Branca e nos concentraremos para pedir ao presidente Barack Obama que volte seus olhos para a Venezuela porque a democracia na América Latina está em perigo”, acrescentou.

Os atos de protesto terminarão em frente da sede da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Natalia Tobar, diretora de operações do Movimento Estudantil venezuelano em Miami, pediu à administração de Barack Obama e ao resto de representantes públicos que coloquem “a mão no coração” e ajudem a Venezuela.

“Que pensem que são seus filhos, que é seu país, que o único que estão fazendo esses estudantes, e o resto de pessoas, é exercer seu direito e que essas sanções vão nos ajudar”, disse Tobar à Agência Efe.

A caravana partiu do restaurante “El Arepazo 2” de Doral, ponto de reunião do exílio venezuelano nessa cidade próxima a Miami, onde se concentra a maior colônia venezuelana nos Estados Unidos.

Venezuelanos residentes em outras partes dos EUA também se uniram à causa e estarão amanhã na frente do Capitólio.

Entre as sanções propostas pelos exilados, segundo Natalia Tobar, está a de “reduzir a compra do petróleo” venezuelano e que a Administração americana “considere a Venezuela uma ditadura e expulse os embaixadores”.

Os exilados consideram também que o governo americano deveria “congelar os ativos” das pessoas residentes nos EUA que são afins do executivo de Nicolás Maduro.

Por fim, os manifestantes reivindicam que sejam anulados os vistos dos funcionários venezuelanos nos EUA e que não haja relação diplomática entre ambos países.

Os venezuelanos nos Estados Unidos confiam que, graças a estas mobilizações, seja possível aprovar uma resolução legislativa para que se interponham sanções contra a Venezuela.

Desde fevereiro, pelo menos 41 pessoas morreram e outras 800 ficaram feridas em fatos relacionados com os protestos antigovernamentais liderados pela oposição e organizações de estudantes. EFE

ab/ff

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