Explosão de bomba na Tunísia mata duas mulheres

  • Por EFE
  • 30/05/2016 11h02
Marcas de sangue na entrada de hotel atacado na Tunísia REUTERS/Zoubeir Souissi Marcas de sangue na entrada de hotel atacado na Tunísia

Pelo menos duas mulheres morreram, nesta segunda-feira (30), após explosão de uma bomba de fabricação artesanal na província tunisiana de Kaserine, área montanhosa vizinha à Argélia na qual, há anos, se refugiam elementos jihadistas.

Em entrevista à imprensa, Belhasen Oueslati, porta-voz do Ministério tunisiano de Defesa, explicou que as duas civis morreram nesta manhã ao pé do monte Sammama após uma delas pisar em uma bomba enquanto recolhia ervas.

“Uma terceira pessoa ficou gravemente ferida e teve que ser transferida a um centro médico de helicóptero”, acrescentou o político, acusando grupos radicais islâmicos armados locais.

Desde que, em 2011, durante a Primavera Árabe, caiu a ditadura de Zine el Abedin Ben Ali, as zonas montanhosas fronteiriças com a Argélia se transformaram em refúgio de extremistas locais e local de reunião para jihadistas de todo a região do Saara que buscam combater na Líbia, Síria e Iraque.

Embora as autoridades tunisianas as tenham declarado “zona de exclusão militar” e as bombardeiem quase diariamente, não conseguiram ainda acabar com a resistência dos fanáticos, que cruzam a Argélia e, inclusive, se abastecem na Líbia.

Com população de apenas 11 milhões de habitantes, a Tunísia é considerado o primeiro país do mundo em número de voluntários que se somaram à jihad internacional, com amis de 5 mil combatentes declarados.

O país norte-africano foi palco, em 2015, de três sangrentos atentados jihadistas que tiraram a vida de 72 pessoas, 60 delas turistas estrangeiros. 

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