Explosão deixa ao menos 29 feridos em Nova York; ouça Caio Blinder
Vinte e nove pessoas ficaram feridas na noite de sábado (17) em consequência de uma explosão no bairro de Chelsea, em Nova York, no que prefeito Bill de Blasio classificou como um “ato intencional”. Ainda assim, ele ressaltou que não havia nenhuma evidência de que se tratava de uma ação terrorista.
A explosão ocorreu no momento em que a cidade recebe líderes de todo o mundo para a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que será aberta na terça-feira.
A explosão ocorreu à 20h30 na rua 23, entre a Quinta e a Sexta Avenidas, a poucos metros do Eataly e do prédio Flatiron. As ruas da região estavam cheias de pessoas que aproveitavam a noite de sábado de lua quase cheia nos bares e restaurantes da região que está entre as mais boêmias de Nova York.
A suspeita da polícia é de que a origem da explosão em Chelsea foi uma caixa de ferramentas de construção deixada em frente a um edifício. A informação inicial, corrigida posteriormente, era a de que o dispositivo que provocou a explosão havia sido colocada em uma lata de lixo. “Hoje, a cidade de Nova York experimentou um incidente muito ruim”, declarou o prefeito. A maioria dos atingidos sofreu ferimentos leves e deve deixar logo os hospitais onde estão sendo atendidos. Apenas uma pessoa sofreu uma perfuração e demandará mais cuidados médicos.
A segurança de Nova York é reforçada ao máximo nesse período do ano, quando a cidade recebe dirigentes de 193 países para a Assembleia Geral da ONU. O brasileiro Michel Temer chega à cidade no fim da tarde deste domingo.
Detritos em frente à igreja de St. Vincente de Paul, local da explosão em Nova York (EFE/EPA/JASON SZENES)
Menos de uma hora depois da explosão, Donald Trump afirmou que se tratava de uma bomba. Hillary Clinton ofereceu ajuda para apoiar os que estão atendendo as vítimas. Também disse que é necessário esperar as conclusões das investigações antes de fazer diagnóstico sobre o que ocorreu.
Outros casos
No início da madrugada, a imprensa americana divulgou que uma bomba caseira havia sido localizada a quatro quadras da explosão, onde foi neutralizada. Montado em uma panela de pressão, o dispositivo estava conectado por fios a um celular. Bombas desse tipo foram usadas no atentado contra a Maratona de Boston, em 2013, no qual seis pessoas morreram de 280 ficaram feridas.
Horas antes do incidente em Chelsea, uma bomba havia explodido durante uma corrida beneficente no Estado de New Jersey, vizinho a Nova York, sem deixar feridos. De Blasio afirmou que não havia conexão evidente entre os dois eventos.
No Estado de Minnesota, várias pessoas foram feridas em um ataque que envolveu tiroteio e esfaqueamento. O autor foi morto e não havia no início da madrugada informações do que motivou sua ação.
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