Explosão seguida de incêndio em fábrica na China deixa seis feridos

  • Por Agencia EFE
  • 07/04/2015 09h53

(Atualiza número de feridos e extinção do incêndio)

Pequim, 7 abr (EFE).- Pelo menos seis pessoas ficaram feridas após uma explosão e um posterior incêndio, extinto depois de 21 horas, em uma fábrica de produtos químicos no leste da China, que fez com que as autoridades decretassem nesta terça-feira um alerta químico na zona, segundo a agência oficial “Xinhua”.

A explosão ocorreu por volta das 19h da tarde do domingo (8h, em Brasília) na fábrica da “Dragon Aromatics” na cidade de Zhanghzhou (na província oriental de Fujian), que já teria sofrido um acidente similar há um ano e meio.

O departamento de bombeiros da província de Zhangzhou assinalou em seu microblog que uma substância química tóxica sofreu uma fuga e que um número indeterminado de pessoas ficaram feridos por cristais em consequência da explosão, que as autoridades atualmente cifram em seis.

Anteriormente, a imprensa local tinham aumentado o número para pelo menos 14 feridos, dois deles em estado grave, enquanto a televisão estatal afirmou que cinco ficaram feridos.

Este mesmo meio disse que vários médicos e 120 agentes ambientais foram desdobrados na zona da explosão com equipamentos de proteção.

A fábrica, que também sofreu uma explosão em julho de 2013 (embora não houve vítimas e nem fugas químicas), é propriedade do grupo petroquímico taiuanês Xianglu, um importante produtor de paraxileno.

O paraxileno -um produto químico utilizado na fabricação de roupa de poliéster e garrafas de plástico- é perigoso se for inalado ou se for absorvido pela pele, e pode causar danos em órgãos abdominais e no sistema nervoso.

A princípio, a fábrica ia ser construída na cidade litorânea de Xiamen, também situada na mesma província, mas a companhia decidiu mudar a localização após um grande protesto em 2007.

Os residentes próximos à fábrica foram evacuados a um lugar 18 quilômetros distante da explosão, segundo disseram várias testemunhas aos meios de comunicação locais.

A fábrica era propriedade do magnata taiuanês Chen Yu-hao, que foi acusado em 2003 por suposto desvio de US$ 2,26 bilhões e fugiu para China continental para estabelecer a fábrica, segundo informou a Agência Central de Notícias de Taiwan.

As fábricas de produtos químicos na China são motivo frequente de queixa por parte da população, que denuncia, às vezes mediante grandes protestos que paralisaram projetos, a emissão de gases tóxicos e a falta de segurança nas mesmas. EFE

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