Explosivos são apreendidos e líderes presos na Venezuela
Caracas, 1 abr (EFE).- O governador do estado de Aragua, Tareck El Aissami, na Venezuela, anunciou nesta quinta-feira a prisão de seis pessoas, incluindo duas que seriam líderes do partido Vontade Popular, e a apreensão de “mais de cem toneladas de pólvora”.
Aissami indicou em entrevista coletiva que a polícia de Aragua (no norte) deteve sábado seis pessoas que estariam vinculadas com os violentos confrontos registrados nos últimos dias durante os protestos contra o governo de Nicolás Maduro.
Entre os presos estão dois dirigentes da Vontade Popular, partido que qualificou de “terrorista”, William Ricardo Sánchez Ramos e Eduard José Tovar Vargas.
O governador informou da apreensão em uma adega, de propriedade de um tio de Tovar Vargas, de mais de cem toneladas de material explosivo que seria fornecido a “grupos armados e fascistas que pretendem desestabilizar a Venezuela”.
“Demos um duro golpe no terrorismo”, comemorou o ex-ministro do Interior, que acrescentou que a polícia confiscou “todo tipo de explosivos” e valises com dispositivos elétricos para detonar artefatos à distância.
Também foi apreendido um veículo carregado com coquetéis molotov, propaganda da Mesa da Unidade Democrática (MUD), rádios de comunicação e um mapa “com o qual planejavam incendiar a Prefeitura de Girardot”, afirmou o governador.
Aissami indicou que os responsáveis pela morte do capitão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) José Guillén Araque, “foram plenamente identificados”, embora não tenha divulgado, mas antecipou que eles serão presos nas próximas horas.
Araque morreu em meados de março atingido por uma bala na cabeça durante um confronto em Maracay com um grupo que mantinha essa cidade no interior do estado de Aragua bloqueada.
O governo de Nicolás Maduro e a oposição se acusam mutuamente pela onda de violência que desde 12 de fevereiro explodiu na Venezuela.
Segundo o último balanço oficial de vítimas já são 39 os mortos e mais de 500 os feridos nas manifestações e barricadas levantadas nas ruas de várias cidades venezuelanas há mais de mês e meio. EFE
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