Exportações brasileiras de café cresceram 9,9% no último ano
Rio de Janeiro, 8 jul (EFE).- O Brasil, o maior produtor e exportador mundial de café, embarcou em sua última colheita do grão, encerrada em junho, 33,97 milhões de sacas (60 quilos), volume 9,9% superior ao enviado ao exterior entre julho de 2012 e junho de 2013, informou nesta terça-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafe).
A receita pelo café embarcado na última colheita (julho de 2013 a junho de 2014), no entanto, limitou-se a US$ 5,327 bilhões, valor 11,6% inferior ao obtido na colheita anterior.
A queda da renda ocorreu devido à contínua desvalorização da cotação de café no mercado internacional até janeiro, quando o preço médio pela saca de 60 quilos chegou a US$ 138,55.
A partir de fevereiro, os preços se recuperaram e alcançaram no primeiro semestre do ano uma média de US$ 188,87 por saca, mas esse valor não foi suficiente para permitir uma elevação dos lucros.
“O desempenho das exportações na colheita 2013/2014 foi positivo. Esperávamos embarcar 32,5 milhões de sacas e terminamos com um volume 5% superior a isso”, afirmou o diretor-geral da CeCafe, Guilherme Braga.
As exportações representaram grande parte da última colheita brasileira de café, que chegou a 49,1 milhões de sacas segundo a última projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mas não esgotaram as reservas, já que nos depósitos restam 14 milhões de sacas.
Contribuiu para o aumento das exportações o resultado de junho, quando o país exportou 2,86 milhões de sacas, volume 20,9% superior ao do mesmo mês do ano passado.
Graças à recuperação dos preços, os embarques de junho propiciaram uma renda de US$ 539,8 milhões, crescimento de 37,3% com em relação ao mesmo mês de 2013.
Segundo a CeCafe, das exportações brasileiras de café no primeiro semestre do ano, 83,7% foram do grão tipo arábico, 9,5% de solúvel, 6,8% do grão robusta e 0,1% de café tostado e moído.
O principal destino das exportações no primeiro semestre foi a Europa, com 54% da demanda, seguido pela América do Norte (25%), Ásia (15%) e outros países da América do Sul (3%).
Por países, Estados Unidos foi o principal cliente, com 3,62 milhões de sacas importadas (21% do total), seguido pela Alemanha, com 3,37 milhões de sacas (19%), Itália, com 1,36 milhão de sacas (8%), Bélgica, com 1,15 milhões de sacas (7%), e Japão, com 1,12 milhões de sacas (6%). EFE
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