Exposição da Efe em Lima mostra memória e atualidade de Espanha e A.Latina

Lima, 26 set (EFE). – Uma exposição que repassa a memória e a atualidade da Espanha e da América Latina foi aberta nesta sexta-feira ao público peruano com o título “75 anos em fotos” inaugurada pela Agência Efe no Centro Cultural Inca Garcilaso do Ministério das Relações Exteriores do Peru.

Participaram da inauguração da mostra, que é patrocinada pela Red Eléctrica Internacional, matriz da Redesur, entre outros, a fotógrafa Morgana Vargas Llosa, filha do prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa; o chef Diego Muñoz, do Astrid e Gastón, eleito o melhor restaurante da América Latina pela revista britânica “Restaurant”; e a vice-ministra de Turismo do Peru, Maria del Carmen de Reparaz. Também estiveram presentes diretores e representantes dos principais veículos de comunicação do Peru e de empresas nacionais e estrangeiras.

A exposição, que foi inaugurada pelo presidente da Efe, José Antonio Vera, e pelo vice-chanceler peruano, Claudio de la Puente, reflete momentos que ficaram no imaginário coletivo e que vão do franquismo e da transição democrática na Espanha, até a transformação política, social e econômica do Peru e da região ibero-americana na última década.

“Aqui é apresentada nossa vida em 75 anos, desde o preto e branco (…) até nossos dias, mostrando as transformações de uma agência internacional presente em 180 cidades”, disse o presidente da Efe.

Entre as imagens de maior destaque está a descoberta feita pela Efe, que pode ser considerada a primeira imagem manipulada, e que mostra um encontro entre o general Francisco Franco e Adolf Hitler, antes do início da Segunda Guerra Mundial.

A mostra exibe fotos da América Latina, entre elas imagens de Che Guevara, dos agraciados com o Prêmio Príncipe das Astúrias, de Mario Vargas Llosa e do terremoto na cidade peruana de Pisco.

“Estamos nas situações mais complicadas e o fazemos isso no mais absoluto anonimato”, apontou Vera.

O presidente da agência destacou que atualmente todas as agências de notícias têm um serviço em espanhol porque “todos entendem a importância da América Latina no mundo”, mas a Efe tem uma particularidade: os personagens latino-americanos são recebidos em qualquer lugar do mundo pelos jornalistas da agência “em espanhol”.

O vice-chanceler, afirmou, por sua vez, que “é notável que a Efe tenha se consolidado como a principal agência de notícias em idioma castelhano”, pois demonstrou sua capacidade para se adaptar às novas tecnologias.

Claudio de la Puente disse que a exposição mostra a afinidade cultural, com várias referências históricas, entre a Espanha e a América Latina, “trazendo o conjunto de valores que compartilhamos, a herança histórica e cultural que nos une”.

O embaixador da Espanha em Lima, Juan Carlos Sánchez, espera que “nos próximos 75 anos, quando for comemorado seu aniversário de 150 anos, sejam outras 75 fotos, todas coloridas, que reflitam os avanços que temos que conseguir, de um mundo melhor, com paz, mais desenvolvimento e mais prosperidade”.

Já o diretor da companhia Red Eléctrica de España (REE) no Peru, Luis Velasco, parabenizou à agência “por sua magnífica trajetória” e fez votos “para que continue sendo a referência das notícias geradas em nosso querido entorno latino-americano”.

A mostra inclui imagens captadas pela lente dos fotógrafos da EFE que documentaram eventos que deram a volta ao mundo, como o frustrado golpe de Estado que ameaçou à jovem democracia espanhola em 23 de fevereiro de 1981. É possível recordar também grandes eventos esportivos, sociais e políticos, assim como imagens de personalidades da cultura e da política internacional.

O público também poderá ver fotografias do Peru que refletem seu rico patrimônio cultural, suas joias turísticas e a genialidade de seus personagens, como Mario Vargas Llosa. Outros protagonistas da mostra são o tenor Juan Diego Flórez, o ex-secretário geral da ONU Javier Pérez de Cuéllar, assim como Gastón Acurio, Diego Muñoz e Virgilio Martínez, e os jogadores de futebol Teófilo Cubillas e Hugo Sotil.

Desde a sua criação, a Efe apostou na América Latina, como revela o fato de que sua primeira delegação internacional foi aberta em Buenos Aires, em 1965, enquanto em Lima foi em 1966. Com mais de três mil profissionais em 120 países, a Efe leva diariamente mais de 5 mil conteúdos em formato de texto, foto, áudio, vídeo e multimídia. EFE

mmr/cdr/rpr