Fábrica química em isolado polígono industrial é palco de atentado na França

  • Por Agencia EFE
  • 26/06/2015 10h47
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Paris, 26 jun (EFE).- Um polígono industrial da cidade de Saint-Quentin-Fallavier, a 20 quilômetros de Lyon, foi palco do atentado perpetrado nesta sexta-feira em uma fábrica de produtos químicos, onde um homem foi encontrado decapitado e várias pessoas ficaram feridas.

Situada ao norte dessa cidade do sudeste francês, a fábrica, de 200 empregados, faz parte de um polígono de mil hectares levantado em 1971 que agrupa 400 empresas, a maioria do setor logístico, e no qual trabalham cerca de 12 mil pessoas.

Segundo Joëlle Huillier, deputada socialista do departamento de Isère, a empresa está “na maior zona logística da França, talvez de toda Europa”.

É uma paisagem aberta, habitualmente transitada por caminhões e repleta de bases industriais junto às quais estão localizados vários restaurante de fast-food e inclusive hotéis.

“A zona está completamente isolada e as equipes de emergência não deixam de chegar”, explicou a à Agência Efe Séverine, uma trabalhadora de um restaurante próximo ao local do atentado, que assegurou não ter ouvido a explosão.

A filial de Saint-Quentin-Fallavier da Air Products, um gigante americano do setor e primeiro fornecedor de hélio do mundo, que dispõe de três fábricas na França, estava estabelecida nesse perímetro há 15 anos e é uma fornecedora habitual de gás para o setor de saúde local e outras indústrias.

Segundo confirmou a um jornal local o prefeito da cidade, Michel Bacconnier, o depósito armazenava oxigênio e argônio, entre outros gases.

A Air Products é uma das três empresas do polígono classificada como de “sob risco industrial” segundo a direção SEVESO, que obriga a identificar as zonas industriais vinculadas a tratamentos químicos suscetíveis a prejudicar o meio ambiente ou a saúde de povoações próximas.

Na França, esta categoria inclui cerca de 1,2 mil centros industriais, dos quais 540 registram um “risco limitado” como o de Air Products.

“É uma zona SEVESO, mas de um nível de periculosidade pouco elevado. Por que escolher esta fábrica quando havia estabelecimentos próximos com maior risco?”, se questionou o vice-presidente da região de Ródano-Alpes, Alain Chabrolle. EFE

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