Facções políticas no Egito formam nova coalizão para eleições legislativas

  • Por Agencia EFE
  • 27/12/2014 12h10
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Cairo, 27 dez (EFE).- Vários partidos e movimentos de diferentes facções políticas egípcias anunciaram neste sábado a formação da Coalizão de Al Nidá (A chamada) já se preparando para o anúncio da data de realização das próximas eleições parlamentares.

Um porta-voz do partido socialista “A Construção Egípcia Livre” explicou que a formação da coalizão tem o objetivo de “concorrer com força” às próximas eleições parlamentares.

O chefe do partido “A Revolução Egípcia”, Tareq Zidan, explicou que a Coalizão Al Nidá vai concorrer com força nas legislativas e chamou mais partidos, coalizões e movimentos a se unirem.

Este grupo político inclui o partido “A Revolução Egípcia” (de centro-direita), o “Partido Árabe para a Justiça e Igualdade” (nacionalista), “Os Novos Independentes” (neutro), e partidos socialistas como “O Trabalho” e “La Nación”.

Além deles se uniram movimentos juvenis como “Sou Egípcio”, “Somos Nós o Povo”, “Constrói teu país”, “A Coalizão Geral da Revolução”, “A Associação Egípcia de Direitos Humanos”, entre outros.

No último dia 22 o presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, ratificou a lei que estabelece as circunscrições eleitorais, o que é considerado o passo anterior à realização de eleições parlamentares no país.

Em junho foi aprovado o projeto de lei que regerá as próximas legislativas, rejeitado então por um bom número de partidos por beneficiar os candidatos independentes.

Segundo o novo sistema, o novo parlamento terá 567 deputados (em vez dos 600 de antes), dos quais 540 serão escolhidos por votação popular e o restante designado.

Dos parlamentares escolhidos, 420 sairão de candidaturas individuais, frente aos 182 da câmara anterior, e só 120 pertencerão a listas fechadas de partidos.

Após o golpe que derrubou o islamita Mohammed Mursi, em 3 de julho de 2013, o exército estabeleceu um roteiro que previa um referendo constitucional – realizado em janeiro deste ano – e eleições presidenciais, vencidas por Al Sisi em maio.

Para completar a última fase desse plano de transição, está prevista a realização de eleições parlamentares, nas quais também não se espera a participação da Irmandade Muçulmana, considerado grupo terrorista pelas autoridades egípcias. EFE

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