Faep diz que protesto de caminhoneiros pode colocar em risco saúde pública

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/02/2015 16h53
MARCELO OLIVEIRA/Agência RBS/AE Denarc apreende 15 kg de maconha em Porto Alegre; porcos eram usados para encobrir o cheiro da droga

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) divulgou comunicado no qual alerta que o protesto de caminhoneiros, com bloqueio de estradas estaduais e federais, “coloca em risco o abastecimento da população e põe em iminente perigo a saúde pública e a segurança alimentar”. Na nota, assinada pelo presidente da Faep, Ágide Meneguette, o setor ressalta que “enormes rebanhos estão em risco de colapso e causarão danos econômicos e sanitários inimagináveis, porque não existe logística para o descarte das carcaças”. Além disso, “milhões de litros de leite serão jogados fora, podendo causar danos ambientais”.

Pelos cálculos da Faep, diariamente são produzidos e processados 12 milhões de litros de leite, por cerca de 115 mil produtores e 300 indústrias (laticínios) no Paraná. Estima-se que são abatidos 5 milhões de frangos/dia, resultado do trabalho de 20 mil avicultores paranaenses. São cerca de 30 mil suinocultores no Estado e mais de 750 mil cabeças abatidas semanalmente em 55 frigoríficos.

Conforme a Faep, essas três cadeias processam milhares de toneladas de ração, baseadas na soja e no milho, num ciclo pré-determinado de prazos e consumo. Os lotes de frangos, que no total somam 300 milhões de aves no Paraná, têm em média 40 dias de vida até o abate. A ração que chega ao produtor por meio dos frigoríficos também se esgota nesse prazo. O mesmo ocorre com o ciclo dos mais de 5,8 milhões de suínos.

O colapso desses setores, de acordo com a Faep, pode ser evitado caso os caminhoneiros deixem de impedir o trânsito de cargas perecíveis.

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