Falha na sinalização é descartada como causa de acidente de trem em Nova York
Nova York, 5 fev (EFE).- As autoridades dos Estados Unidos determinaram nesta quinta-feira que a sinalização e os alarmes funcionaram corretamente e não causaram o acidente ferroviário de terça-feira em Nova York, que deixou seis mortes depois que um carro ficou parado sobre a linha do trem.
Além disso, depoimentos das testemunhas indicam que a motorista do automóvel, Ellen Brody, de 49 anos, teve espaço e tempo suficiente para retroceder e evitar a colisão do trem, mas, por razões ainda desconhecidas, avançou ligeiramente para o centro da linha férrea e provocou o choque.
As primeiras conclusões foram divulgadas em entrevista coletiva oferecida hoje por Robert Sumwalt, responsável pela equipe do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, sigla em inglês), que investiga as causas da tragédia.
O acidente ocorreu na localidade de Valhalla, ao norte de Nova York, durante o horário de rush, quando muitas pessoas que vivem nos subúrbios da metrópole voltavam do trabalho.
Sumwalt disse que o maquinista da composição, ao ver o veículo sobre a via, soou os alarmes e ativou o freio de emergência pouco antes da colisão.
Também relatou que a sinalização da passagem de nível estava funcionando apropriadamente e que o trem viajava a uma velocidade de 93 km/h, em uma zona na qual o limite máximo permitido é de 97 km/h.
Além disso, o especialista explicou que passaram 39 segundos desde que as cancelas da passagem de nível baixaram até o cruzamento do trem.
A barreira desceu sobre o veículo e a motorista saiu para tentar levantar a cancela, que estava sobre o vidro traseiro.
Um motorista que estava atrás dela fez sinais para se que jogasse para trás do veículo, mas, ao invés disso, Ellen voltou para o interior do automóvel e avançou ligeiramente até ser atingida pelo trem.
O especialista informou que os destroços do veículo serão analisados e confirmou que a motorista o tinha adquirido recentemente e não estava totalmente familiarizada com ele.
“É o segundo dia (de investigações). Conseguimos bastante informação, é um bom começo”, disse o representante do NTSB.
No acidente morreram a motorista do veículo e cinco passageiros do primeiro vagão do trem, que se incendiou após atingir o automóvel.
Todas as vítimas foram identificadas nas últimas horas, o último deles, um cientista, na manhã de hoje. Os demais eram dois executivos do grupo financeiro JP Morgan, um consultor financeiro e um curador do Museu Metropolitano de Arte de Nova York.
O acidente aconteceu já de noite, quando fazia muito frio, em uma localidade pouco iluminada e próxima de um cemitério. EFE
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