Falta de confiança da indústria em outubro é a maior desde 1999, diz CNI

  • Por Agência Estado
  • 19/10/2015 16h14
An employee of Ajinomoto Co works on a Hon-Dashi, or bonito base seasoning packaging line at the company's Kawasaki factory in Kawasaki, south of Tokyo, Japan, June 29, 2015. Japanese industrial output fell in May at the fastest pace in three months, adding to fears the economy may have contracted in the current quarter and putting the onus on consumers to drive a near-term rebound as exports remain in the doldrums. REUTERS/Yuya Shino Reuters Indústria

Acentuando a curva de pessimismo que se abateu sobre a indústria nacional, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu mais 0,7 ponto em outubro e cavou mais fundo o piso da série histórica do indicador. De acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira, 19, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a queda de 2,1 pontos nos últimos dois meses ampliou o recorde negativo do índice, elaborado pela entidade desde 1999. 

Em uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos significam falta de confiança, o Icei chegou a 35 pontos em outubro. Esse patamar é 10,8 pontos inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado, o que mostra a deterioração das expectativas dos empresários do setor desde o fim do período eleitoral de 2014. Para se ter uma ideia do quanto o nível atual do indicador é ruim, o resultado de outubro está 20,4 pontos abaixo de sua média histórica. Ou seja, nos últimos 16 anos, a indústria sempre esteve mais otimista que pessimista, com uma média de 55,4 pontos. 

O pessimismo é maior entre as médias empresas. Olhando apenas as indústrias desse porte, o indicador caiu de 35,1 pontos em setembro para 34 pontos em outubro. Entre as pequenas, o Icei recuou de 35,5 pontos para 34,5 pontos. Já as maiores companhias apresentaram uma queda de 36,2 pontos para 35,7 pontos na mesma comparação. 

O indicador da CNI é composto por duas variáveis: a avaliação sobre as condições atuais da indústria e a expectativa do empresariado para os próximos meses. O resultado de outubro mostra que o que mais pesa no pessimismo do setor é a situação atual do ambiente de negócios, cujo resultado ficou em apenas 26,5 pontos, muito distante da linha divisória dos 50 pontos. Desmembrando novamente esse índice, a pesquisa mostra 31,2 pontos na avaliação atual sobre a própria empresa e irrisórios 17,3 pontos na análise sobre a economia nacional. 

Já a variável que mede as expectativas para os próximos meses também recuou, pelo quarto mês seguido, e chegou a 39,3 pontos. Nesse período, a queda acumulada foi de 4,3 pontos. Abrindo mais uma vez esse dado, as perspectivas para a própria empresa registraram 44,5 pontos, enquanto as expectativas para a economia como um todo alcançaram somente 29,2 pontos. 

A CNI ouviu 3.097 empresas os primeiros 15 dias de outubro, sendo 1.223 de pequeno porte, 1.159 médias e 715 grandes indústrias.

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