Família de Nisman confirma que vai participar de marcha silenciosa

  • Por Agencia EFE
  • 18/02/2015 01h49

Buenos Aires, 17 fev (EFE).- A ex-mulher do promotor argentino Alberto Nisman, a juíza Sandra Arroyo Salgado, confirmou nesta terça-feira que comparecerá com sua família à marcha silenciosa convocada para amanhã, quando completa um mês da morte de seu ex-marido em estranhas circunstâncias, e se distanciou daqueles que participarão da manifestação para fazer reivindicações políticas.

“Participaremos da marcha, respeitando o propósito original com o qual foi concebida, ou seja, render uma homenagem silenciosa em sua memória”, disse Sandra em um comunicado divulgado pela imprensa local.

“A difusão pública e maciça da convocação, à qual se somaram progressivamente vozes de outros setores sociais, políticos e midiáticos, que adicionaram à homenagem diferentes reivindicações, geraram com isso controvérsias com referências de outros espaços”, prosseguiu a juíza em sua mensagem.

Por “não compartilhar com as demandas que muitos pretendem somar”, Sandra considerou a necessidade de esclarecer que a presença da família “tem como objetivo render uma homenagem à pessoa e ao funcionário que foi, de quem destacamos sua entrega incondicional e corajosa ao trabalho”.

O comunicado conclui com um agradecimento às pessoas que vão participar da marcha, convocada por um grupo de promotores argentinos colegas de Nisman, com esse exclusivo propósito.

Além disso, Sandra pede que a marcha se desenvolva com “tranquilidade e respeito”.

Alberto Nisman, promotor especial do caso sobre o atentado contra a associação israelita Amia, que deixou 85 mortos em 1994, morreu no dia 18 de janeiro com um tiro na têmpora, em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas, quatro dias depois de ter denunciado a presidente argentina, Cristina Kirchner, por supostamente tentar acobertar os suspeitos iranianos do ataque.

A marcha silenciosa em Buenos Aires deverá contar com grande apoio e participação dos principais líderes da oposição e foi criticada pelo governo, que considera que a manifestação tem fins políticos. Frente às críticas do Executivo, os promotores garantiram que se trata de uma homenagem a Nisman, sem outras intenções. EFE

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