Familiares das vítimas do naufrágio da balsa Sewol convocam protesto em Seul
Seul, 24 abr (EFE).- Familiares das vítimas do naufrágio da balsa Sewol e sul-coreanos que apoiam a causa convocaram neste sábado uma nova manifestação contra o governo do país, na qual se teme que possam ocorrer graves incidentes como na semana passada.
Convocados por uma associação de familiares e simpatizantes, os manifestantes iniciarão às 15h locais (3h de sábado em Brasília), marchas simultâneas em diversos pontos de Seul até a praça de Gwanghwamun, onde alguns deles se concentram há meses.
Eles acusam a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, e seu governo de bloquearem o início de uma investigação neutra sobre a maior tragédia humana das últimas décadas no país.
A polícia mostrou preocupação pela possibilidade de os protestos se desviarem do itinerário previsto, produzindo episódios violentos como os que ocorreram no último sábado.
“Vamos atuar de forma estrita frente a qualquer atividade ilegal, como o desvio das pessoas para fora da zona permitida”, declarou um representante da polícia de Seul ao jornal local “Chosun”.
A manifestação do último sábado começou em Gwanghwamun, mas parte das cerca de 6 mil pessoas que compareceram ao protesto foram em direção à sede da Presidência, movimento que foi respondido com violência pela polícia. Mais de 70 agentes e nove manifestantes ficaram feridos nos confrontos.
O naufrágio da balsa Sewol, ocorrido em 16 de abril de 2014, deixou 304 mortos, a maior parte deles adolescentes de um instituto de bacharelado na periferia de Seul. EFE
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