Familiares pedem a libertação de jornalista americano desaparecido na Síria
Beirute, 19 mai (EFE).- A família do jornalista americano Austin Tice, junto à ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), exigiram nesta terça-feira em Beirute (Líbano) sua libertação “o quanto antes”, no momento em que completam mil dias de seu desaparecimento na Síria.
De acordo um comunicado da RSF, a mãe do jornalista, Debra Tice, afirmou hoje em entrevista coletiva que “tem todas as razões para acreditar” que seu filho está vivo. Acredita-se que Tice esteja sequestrado na Síria desde agosto de 2012, mas seu paradeiro é desconhecido.
Ela pediu para as pessoas que estiverem com seu filho que permitam que um amigo da família se reúna tête-à-tête com o refém. Além disso, solicitou a “todos os governos que dizem defender a liberdade de expressão” que apoiem ativamente a libertação de todos os presos de forma arbitrária na Síria, conforme às resoluções 1738 e 2319 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Por sua vez, o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire, incentivou o Executivo dos Estados Unidos a ter mais “contatos periódicos diretos” com as autoridades sírias com relação ao caso de Tice, e pediu para que seja realizado um esforço “intenso”.
Já o diretor-executivo da ONG libanesa Skeyes Media, Ayman Mhanna, que também esteve presente no ato, pediu o respaldo de todos os indivíduos e instituições da região que possam dar informação sobre o jornalista.
Tice, premiado repórter e veterano do Corpo de Fuzileiros Navais, chegou à Síria em 2012 para cobrir o conflito armado para diferentes meios de comunicação, entre eles o jornal “The Washington Post” e a rede de TV “CBS”.
A identidade de seus sequestradores e seu paradeiro atual não estão muito claros, mas em março o Departamento de Estado reconheceu que o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tinha tomado a incomum decisão de entrar em contato com o Executivo do presidente sírio, Bashar al-Assad, sobre o caso de Tice.
O governo tcheco, que presta assistência diplomática aos cidadãos dos Estados Unidos na Síria, também está tentando conseguir a libertação do jornalista. EFE
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