FAO: A agricultura é o motor para acabar com a fome na África em 2025

  • Por Agencia EFE
  • 29/01/2014 11h57
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Roma, 29 jan (EFE).- O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, afirmou nesta quarta-feira que a agricultura é o “motor de crescimento” que a África necessita e a ferramenta chave para erradicar a fome no continente.

Em seu discurso em um ato paralelo da Cúpula da União Africana em Adis-Abeba, Da Silva aplaudiu “o compromisso ao mais alto nível” do “Fome zero” em 2025 para todo o continente e pediu aos Estados africanos que intensifiquem seus esforços no desenvolvimento de uma agricultura sustentável.

“Os agricultores familiares são já os principais produtores de alimentos na maioria dos países, e podem fazer ainda mais com o apoio adequado”, ressaltou Da Silva.

O diretor da FAO destacou que 75% dos africanos tem 25 anos ou menos e que espera-se que a população siga sendo em grande parte rural durante os próximos 35 anos, com muitos lares liderados por mulheres.

“A agricultura é o único setor da economia capaz de absorver esta mão-de-obra (…) Não existe uma via inclusiva e sustentável para que a África progrida sem as mulheres, os jovens e a agricultura”, afirmou.

Este 2014 é o Ano Africano da Agricultura e a Segurança Alimentar, realizado em paralelo com o Ano Internacional da Agricultura Familiar das Nações Unidas.

“O lançamento do Ano Africano da Agricultura e a Segurança Alimentar é um passo importante para uma África sem fome e sustentável”, manifestou Da Silva.

Melhorar o acesso aos serviços financeiros, a formação, a mecanização e a tecnologia pode transformar camponeses que praticam a agricultura de subsistência em produtores eficientes, segundo defendeu o alto dirigente da FAO.

Da Silva apontou que “a maioria das dez economias de mais rápido crescimento” se encontram na África, por isso que a região “tem em suas mãos” mudar a situação.

A Cúpula da União Africana deve aprovar o objetivo “Fome zero” nesta semana, em linha com o desafio já lançado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon em 2012. EFE

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