FAO divulga lista de parasitas em alimentos e conselhos para evitar contágio
Roma, 1 jul (EFE).- A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicou nesta terça-feira em Roma um relatório com os dez principais parasitas transmitidos pelos alimentos e uma série de recomendações para prevevir seu contágio.
Estes parasitas afetam a saúde de milhões de pessoas a cada ano, infectando tecidos musculares, causando epilepsia ou choques anafilácticos, entre outros problemas, segundo a FAO.
A organização com sede em Roma também assinalou que, na Europa, mais de 2,5 mil pessoas são afetadas a cada ano por infecções parasitárias transmitidas por alimentos e, só em 2011, foram registrados na UE 268 casos de triquinose e 781 casos de equinococose.
O relatório, “Classificação multicritério para a gestão de riscos dos parasitas transmitidos pelos alimentos”, inclui os nomes dos parasitas com maior impacto em nível internacional, o dano que produzem e onde podem ser encontrados.
Entre eles, aponta para a “Taenia solium” (tênia do porco ou tênia armada), que se transmite através da carne de porco, ou o “Cryptosporidium spp”, um protozoário cujo contágio se produz através da ingestão de produtos frescos, assim como do suco de fruta ou do leite.
Além disso, a FAO elaborou um relatório, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no qual são enumeradas uma série de medidas orientadas a reduzir o risco de infecções parasitárias.
Entre estes conselhos, a FAO pede aos agricultores que vigiem o uso de adubos orgânicos, assegurando que a compostagem seja realizada corretamente e seja eliminada toda a matéria fecal.
Quanto aos consumidores, a organização das Nações Unidas recomenda cozinhar bem a carne e utilizar água limpa para lavar e preparar as verduras.
Segundo o comunicado, a lista responde ao pedido do organismo mundial de normas alimentícias, a Comissão do Codex Alimentarius (Codex), que solicitou tanto à FAO como à OMS uma revisão da informação disponível sobre parasitas nos alimentos e seus efeitos na saúde pública.
Graças a este índice, a Codex desenvolverá agora uma série de normas que deverão ser aplicadas pelo comércio mundial de alimentos para que os países consigam controlar a presença destes parasitas na cadeia alimentar.
“Esperamos que ao publicar esta classificação, possamos aumentar a conscientização entre os responsáveis das políticas, os meios de comunicação e o público em geral acerca deste importante problema de saúde pública”, concluiu Renata Clarke, responsável da Unidade de Inocuidade e Qualidade dos Alimentos da FAO. EFE
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