Farc dizem que tirar Cuba de lista terrorista é uma “posição sensata” dos EUA
Havana, 15 abr (EFE).- A equipe negociadora da guerrilha colombiana das Farc disse nesta quarta-feira que a exclusão de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo é uma “posição sensata” dos EUA
De acordo com a delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), trata-se de uma decisão na “direção de gerar um clima de paz no continente”, disse à imprensa em Havana o guerrilheiro “Pastor Alape”, conhecido como Félix Antonio Muñoz Lascarro.
Alape aproveitou para pedir ao governo colombiano que se baseie na decisão de Obama e entenda “que forças guerrilheiras, insurgentes não podem ser mantidas nesse status de terrorismo que foi definido pelos EUA em sua política internacional”.
A permanência de Cuba nessa lista nos últimos anos se devia precisamente ao suposto amparo na ilha de membros das Farc e da organização terrorista basca ETA, além de alguns fugitivos da Justiça americana.
No entanto, desde novembro de 2012, Cuba é sede dos diálogos de paz entre a guerrilha da Farc e o governo da Colômbia, argumento que a ilha utilizou para reivindicar sua saída da lista.
Cuba figura desde 1982 nessa lista -na qual compartilha espaço com o Irã, Síria e Sudão-, o que representa a imposição de sanções, como a proibição da venda e exportação de armas, proibição de ajuda econômica e restrições às transações financeiras entre cidadãos.
O presidente de EUA, Barack Obama, anunciou ontem sua decisão de eliminar Cuba desse documento, ao determinar que já não há motivos para que a ilha continue na lista, algo que a Chancelaria da ilha reconheceu como uma “justa decisão”. EFE
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