Farc elogiam nomeação de enviado especial dos EUA para processo de paz

  • Por Agencia EFE
  • 20/02/2015 21h30

Havana, 20 fev (EFE).- As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) elogiaram a decisão anunciada nesta sexta-feira pelo governo dos Estados Unidos de nomear um enviado especial para o processo de paz.

“As Farc-EP elogiam o anúncio oficial do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, sobre a determinação de designar o senhor Bernard Aronson como enviado especial de seu país, para atender o processo de paz entre o governo colombiano e nossa organização insurgente”, diz o comunicado da delegação de paz da guerrilha divulgado em Havana (Cuba).

O grupo considera que a participação de Aronson é necessária se for levada em conta a presença e incidência permanentes que os Estados Unidos têm na vida política, econômica e social da Colômbia.

“Agradecemos a confiança do governo do presidente Barack Obama e seu secretário Kerry nas possibilidades que, no meio dos obstáculos, tem a busca da paz negociada na Colômbia”, acrescenta o comunicado da guerrilha.

No texto, o grupo reitera “a partilhada convicção” de que caso um acordo de paz seja alcançado, “irá criar um enorme potencial para o povo colombiano”.

O presidente americano, Barack Obama, nomeou nesta sexta-feira Bernard Aronson, diplomata com larga experiência na América Latina, como o primeiro enviado dos Estados Unidos para o processo de paz da Colômbia, adotando assim um papel mais ativo na negociação na qual está imerso o país.

O anúncio da nomeação foi feito pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que em visita à Colômbia em 12 de dezembro ressaltou o compromisso de seu país com o processo de paz colombiano.

Na viagem, os dois governos colocaram um novo marco de cooperação bilateral no qual Washington apoiará à Colômbia, seu principal aliado militar na região, na etapa do pós-conflito caso um acordo definitivo de paz seja alcançado com os grupos guerrilheiros.

Kerry disse que a criação deste posto foi motivada pelo pedido do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, para que os Estados Unidos adotassem um papel “mais ativo” nas conversas de paz entre o governo colombiano e as Farc, que se desenvolvem em Havana. EFE

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