Farc pedem cumprimento de protocolo para libertar sequestrados na terça-feira
Havana, 23 nov (EFE).- As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) advertiram neste domingo que a presença militar nas áreas da eventual libertação do general Rubén Darío Alzate e outros sequestrados põe em risco que a operação se realize esta semana e pediram o cumprimento dos protocolos para que a libertação seja concretizada na terça-feira.
“Se o protocolo for observado rigorosamente como ocorreu em outras ocasiões, poderemos afirmar que na próxima terça-feira os soldados profissionais capturados em combate em Arauca poderão abraçar a liberdade”, indicaram os negociadores da guerrilha em comunicado datado em Havana intitulado “Operações põem em perigo a libertação do general Alzate e acompanhantes”.
Segundo as Farc, as áreas previstas para a libertação foram “ocupadas militarmente com desembarque de tropas e bombardeios, sobrevoos de aeronaves de inteligência e medidas que restringem o movimento da população civil”.
“Ditas comunidades foram praticamente sitiadas pelo exército”, indica a guerrilha em referência a áreas do rio Atrato e seus principais afluentes, no departamento colombiano de Chocó.
Se essa situação não se modificar, “seria improvável devolver à liberdade na próxima semana ao general Alzate e seus acompanhantes”, acrescenta a delegação de paz das Farc.
A guerrilha apela ao “bom senso” para que se diminua a intensidade das operações militares nessas áreas e que sejam retiradas as tropas de alguns casarios, para facilitar a aterrissagem dos helicópteros da missão humanitária para as libertações, liderada pelos países fiadores dos diálogos de paz, Cuba e Noruega, e pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).
Alzate foi sequestrado há uma semana em um remoto casario do departamento de Chocó, junto com o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego, o que levou o presidente Juan Manuel Santos a suspender os diálogos de paz com as Farc em Cuba.
O governo colombiano disse que seus negociadores de paz retornarão a Havana para retomar os diálogos com as Farc uma vez que se concretize a libertação do general e dos outros quatro sequestrados. EFE
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