Farc pedem que o governo colombiano não adote medidas “pouco meditadas”
Havana, 15 abr (EFE).- A equipe negociadora das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Havana pediu nesta quarta-feira ao governo colombiano para “manter a cabeça fria” e “não adotar medidas pouco meditadas” que ponham em perigo os diálogos de paz e a manutenção da trégua unilateral decretada pela guerrilha em dezembro do ano passado.
O grupo insurgente considerou “imprescindível” diminuir a tensão em todo o país, e na região de Cauca em particular, onde na madrugada de hoje morreram 11 militares e 17 ficaram feridos em um enfrentamento com a guerrilha.
No comunicado, divulgado hoje em seu blog, os guerrilheiros não mencionam a decisão do presidente Juan Manuel Santos de suspender o fim dos bombardeios sobre unidades guerrilheiras como consequência desse fato.
“Pedimos a iniciada imediata de mecanismos de verificação e distensão da situação de confronto militar na área onde aconteceram estes lamentáveis fatos”, acrescentaram.
Na madrugada desta quarta-feira dez soldados e um suboficial morreram em um ataque realizado pelas Farc contra um pelotão do exército que estava descansando, segundo fontes oficiais.
Sobre esse fato, a guerrilha assinala que se tratou da reação “legítima” das Farc como resultado do “assédio militar” do exército.
A guerrilha também fez um pedido “expresso” à Frente Ampla pela Paz, os países fiadores e acompanhantes nos diálogos de paz (Noruega, Cuba, Venezuela, Chile), à Cruz Vermelha e à Unasul, para que “se envie o mais rápido possível uma missão” a Cauca para “verificar” o ocorrido e “elaborar um relatório com recomendações que evitem a repetição destes fatos”.
“Seguimos convencidos que no desenvolvimento das conversas de paz é absurdo que sigamos pondo mortos de parte e parte”, destacam os guerrilheiros, insistindo na assinatura de uma cessação bilateral de hostilidades. EFE
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