Farc revelam intenção de “desvincular” menores de 15 anos de suas fileiras
Bogotá, 16 fev (EFE).- As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) manifestaram nesta segunda-feira sua disposição para “desvincular” da luta armada um grupo de menores de 15 anos que estão em suas fileiras, uma semana depois de anunciar que deixará de recrutar menores de 17 anos.
O anúncio foi feito pelo chefe negociador das Farc nos diálogos com o governo colombiano em Cuba, “Ivan Márquez”, também conhecido como de Luciano Marín Arango, em um inédito debate no programa “Hora 20” da emissora de rádio “Caracol”, no qual participaram três líderes rebeldes que estão em Havana e jornalistas colombianos.
Segundo Márquez, as Farc não têm como política recrutar crianças e disse que o grupo respeita as normas do Direito Internacional Humanitário que proíbem a participação de menores de 15 anos nos conflitos.
Nesse sentido, acrescentou que nas fileiras das Farc só há 13 menores de 15 anos, que serão “desvinculados”. Segundo Márquez, esses menores não foram recrutados, mas são filhos de guerrilheiros e crianças que buscaram o grupo armado em busca de proteção, depois que seus pais foram assassinados por paramilitares.
“Estamos dizendo que queremos desvincular esse pequeno grupo de menores de 15 anos que estão na guerrilha, mas nas condições que já mencionei”, afirmou.
Também participaram no debate os chefes guerrilheiros conhecidos como “Pablo Catatumbo” e “Joaquín Gómez”, integrantes da delegação das Farc nos diálogos em Cuba, que começaram em novembro de 2012.
“Ivan Márquez” acrescentou que as Farc já fizeram outros “gestos” importantes para reduzir a intensidade do conflito armado, entre os quais citou as libertações de militares sequestrados no final do ano passado e pediu do governo “gestos recíprocos”. EFE
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