FBI investiga motivação de autor de ataque que matou 4 fuzileiros navais

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2015 04h47
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Washington, 17 jul (EFE).- O FBI está investigando os motivos que levaram o americano de origem kuwaitiana Muhammad Youssef Abdulazeez a matar na quinta-feira quatro fuzileiros navais em duas instalações militares dos Estados Unidos, enquanto a imprensa local aponta que o autor tinha vínculos islamitas.

As autoridades não relacionaram, por enquanto, Abdulazeez com nenhuma organização islamita porque o FBI não descarta que o ataque seja apenas um “ato criminoso”. Porém, desde o primeiro momento, a principal hipótese considerada é a de “terrorismo doméstico”.

“Estamos contemplando todas as possibilidades. Caso for terrorismo, se é então doméstico ou internacional. Consideramos até mesmo se foi um simples ato criminoso”, indicou em entrevista coletiva o agente especial do FBI Ed Reinhold.

A investigação, porém, será tratada como “terrorismo” até que seja provado o contrário.

Abdulazeez disparou contra soldados em duas instalações militares de Chattanooga, uma cidade de 170 mil habitantes no sudeste do Tennessee, antes de ser abatido por agentes locais.

Primeiro, efetuou 30 disparos contra um centro de recrutamento, onde deixou vários feridos. Depois, atirou contra uma instalação da reserva dos fuzileiros navais, matando quatro pessoas. Os dois ataques tiveram um intervalo de apenas 30 minutos.

As únicas dúvidas não esclarecidas até o momento foram levantadas pela imprensa americana. A “CNN”, por exemplo, afirma que Adbulazeez foi preso em abril por dirigir sob efeito de álcool e deveria ser julgado no fim deste mês.

Ainda de acordo com a “CNN”, o autor do ataque não aparecia em nenhuma base de dados de suspeitos de terrorismo dos EUA, apesar de “poder ter viajado ao Oriente Médio nos últimos anos”.

Já o jornal “The New York Times” publicou que o pai de Abdulazeez esteve em uma lista de suspeitos de terrorismo há muitos anos, apesar de o nome ter sido retirado posteriormente.

As informações publicadas pela imprensa e a origem de Abdulazeez fizeram com que algumas organizações islâmicas nos EUA reagissem condenando o atentado e desvinculando os fatos do Islã.

A Sociedade Islâmica de Chattanooga condenou o ataque “nos termos mais fortes possíveis como um ato de ódio e covardia”.

Além dos quatro fuzileiros navais mortos, três pessoas ficaram feridas, uma delas em “situação muito grave”, indicaram fontes do Pentágono à “CNN”. EFE

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