Fed vê sinais de fraqueza em estados petroleiros dos EUA por queda de preços

  • Por Agencia EFE
  • 14/01/2015 19h48
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Washington, 14 jan (EFE).- O banco central americano, Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos destacou nesta quarta-feira que a expansão econômica continua no país, mas reconheceu os primeiros sinais de “fraqueza” nas regiões produtoras de petróleo, especialmente no Texas, por causa da queda nos preços do petróleo.

“Os relatórios dos 12 distritos do Fed sugerem que a atividade econômica nacional continuou sua expansão entre a metade de novembro e o final de dezembro, com a maioria deles reportando um ritmo de crescimento de modesto a moderado”, indicou o “livro bege” do Fed, que reúne dados sobre a situação econômica no país.

No entanto, o Fed de Dallas indicou que as projeções no Texas para “este ano são muito incertas e significativamente mais frágeis do que no relatório anterior e as companhias energéticas esperam uma diminuição na demanda de seus serviços entre 15% e 40%” diante do atual panorama de queda nos preços do petróleo.

Esta semana o barril de Petróleo Intermediário do Texas (WTI, leve), de referência nos Estados Unidos, chegou aos US$ 45, valor mais baixo desde meados de 2009 e que levou várias empresas petrolíferas a adiarem temporariamente seus planos de investimento.

O Texas é o principal estado produtor de petróleo dos EUA, com quase um terço da produção diária do país.

Além disso, o Federal Reserve de Kansas City, que supervisiona outros estados petroleiros como Oklahoma, prevê que “a futura atividade de perfuração, emprego e investimento seja significativamente mais baixa em resposta aos menores preços do petróleo”.

Até agora, o banco central americano tinha visto com bons olhos a queda de preços do petróleo, por representar um estímulo para os consumidores ao ver baixar sua fatura energética.

“Em conjunto, vejo estes eventos como positivos do ponto de vista da economia americana”, afirmou a presidente do Fed, Janet Yellen, em dezembro.

A economia americana registrou no terceiro trimestre de 2014 o maior ritmo de crescimento em 11 anos, 5%, enquanto o desemprego manteve sua progressiv redução e está atualmente em 5,6%, o nível mais baixo desde 2008.

Com estas melhoras, o Fed contempla elevar as taxas de juros pela primeira vez desde a explosão da crise financeira de 2008 em algum momento deste ano, embora Yellen já tenha apontado que não acha provável que isso aconteça antes de abril.

A próxima reunião de política monetária do Fed está marcada para os dias 27 e 28 de janeiro. EFE

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