Federal Reserve de Nova York considera apropriada a desvalorização do iuane

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2015 19h37

Washington, 12 ago (EFE).- O presidente do Federal Reserve de Nova York (banco central regional), William Dudley, afirmou nesta quarta-feira que a recente desvalorização do iuane pelas autoridades chinesas tem “enormes implicações para a economia global” e afirmou que “não parece uma decisão inadequada” diante dos sinais de enfraquecimento da economia chinesa.

“Tem implicações que vão muito além da China, tem enormes implicações para a economia global”, declarou.

Em uma conferência em Rochester (Nova York), Dudley comentou a inesperada decisão do Banco Popular da China (banco central) de desvalorizar pelo segundo dia consecutivo o iuane, o que provocou quedas generalizadas nas bolsas mundiais.

Se a economia chinesa se apresenta mais enfraquecida que o esperado pelas autoridades, disse Dudley, “provavelmente não seja inadequado para a moeda se ajustar em consequência a essa fraqueza” porque o que aconteceu é que o iuane estava “se apreciando” ao mesmo tempo que o dólar.

O banco central chinês voltou a rebaixar hoje em 1,62% a taxa de câmbio de referência do iuane com relação ao dólar, após anunciar na terça-feira uma reforma no sistema cambial que já implicou uma desvalorização de quase 2%.

Embora a China tenha estipulado uma meta de crescimento econômico de 7% para este ano, os recentes dados apontam para uma taxa menor e o Fundo Monetário Internacional (FMI) previu 6,8% de expansão para 2015.

A desvalorização do iuane visa estimular a atividade econômica através do barateamento dos exportações e melhorar a competitividade dos produtos chineses no exterior.

No entanto, Dudley afirmou que ainda é cedo para “tirar conclusões firmes sobre o significado” desta decisão e acrescentou que observaria a evolução de maneira detalhada”.

Sobre a esperada alta das taxas de juros nos EUA, a primeira desde 2006, insistiu que isso ocorrerá “em um futuro próximo” se a melhoria econômica continuar a se consolidar.

Os analistas apostam que o início do ajuste monetário nos EUA ocorrerá na reunião do Fed prevista para os dias 16 e 17 de setembro. EFE

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