Felipe González não pode exercer advocacia na Venezuela, afirma chanceler
Caracas, 25 mar (EFE).- A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, disse nesta quarta-feira que o ex-presidente do governo da Espanha, Felipe González, “não tem faculdades” para exercer a advocacia na Venezuela, ao fazer referência à intenção do ex-chefe de Estado espanhol de defender os políticos opositores presos Leopoldo López e Antonio Ledezma.
“Ele não tem faculdades nem para exercer a advocacia na Venezuela nem para intrometer-se nos assuntos internos da Venezuela, de tal forma que eu lhe recomendo que, caso tenha se saído mal em seu outro negócio, busque outra forma de vida”, declarou a chanceler em entrevista coletiva a meios de comunicação internacionais.
A ministra das Relações Exteriores da Venezuela sugeriu a González “que atue em consequência e em consonância com seu título” e que não faça “lobby” para a direita “local e internacional”.
Rodríguez fez as declarações minutos antes de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, também se referir a Felipe González como alguém que “não tem moral para dizer a palavra Venezuela” e acusá-lo de ser o “coordenador do eixo anti-venezuelano Bogotá-Madri”.
Ontem, Maduro já havia acusado González de respaldar um suposto golpe contra ele e de estar por trás de uma campanha de “guerra psicológica” com a ideia de perturbar a paz do país junto ao publicitário venezuelano Juan José Rendón.
A acusação de Maduro aconteceu poucas horas depois do anúncio de que González defenderá os líderes opositores venezuelanos Leopoldo López e Antonio Ledezma, presos acusados de tentar desestabilizar o governo. EFE
aa-nf/rsd
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.