Felipe VI se diz herdeiro da “paixão” de Juan Carlos por Ibero-América
Madri, 3 out (EFE).- O rei Felipe VI declarou nesta sexta-feira, perante um grupo de empresários latino-americanos, ser herdeiro da “paixão” que seu pai, Juan Carlos I, sente pela região ibero-americana, e se comprometeu a seguir apostando tanto ou mais pelo futuro dessa comunidade.
No encerramento da XXV Assembleia Plenária do Conselho Empresarial da América Latina (CEAL), Felipe de Bourbon agradeceu a homenagem dada a Juan Carlos I por este fórum na quinta-feira, e disse que ele deve ao pai uma “parte fundamental e original” de sua paixão “pela América, por nossa querida região ibero-americana”, segundo suas palavras.
Ele garantiu que, como rei, continuará “com essa mesma paixão, ou maior”, procurando “estar perto de nossos irmãos ibero-americanos, fomentar nosso interesse comum e projetar ao mundo nossa enorme potência cultural e econômica compartilhada”.
“Tudo isso, respeitando e avaliando a diversidade que cada nação representa e contém”, afirmou o rei no discurso de encerramento.
Felipe de Bourbon, que chegou ao trono em 19 de junho, após a abdicação de seu pai, repassou hoje os fundamentos históricos que, segundo sua opinião, devem sustentar a construção do espaço ibero-americano, a partir de seus pilares político e empresarial, mas também com os procedentes da sociedade civil e a cultura.
“A interação entre esses três pilares é determinante”, afirmou, para advertir seguidamente que o “fluxo bilateral” de investimentos com região ibero-americana deve ser “mais igualitário”.
Ele destacou que a Espanha está tentando promover no âmbito ibero-americano a circulação de profissionais qualificados, uma maior “mobilidade de talentos”, que contribuirá para criar “uma cultura empresarial ibero-americana muito mais sólida e definida”.
O Ceal, que durante três dias reuniu em Madri mais de 300 empresários, políticos e representantes de instituições, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Secretaria-Geral Ibero-Americana (Segib).
Os encontros realizados neste dia serviram, segundo Felipe VI, não só como espaço de reflexão sobre a economia ibero-americana, mas também como “plataforma de encontro a partir da qual se pode e deve explorar seu grandíssimo potencial: projetos conjuntos, novas oportunidades de negócio e futuras alianças”. EFE
adr/cdr
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.