Fernando Chui reeleito à frente de Macau

  • Por Agencia EFE
  • 31/08/2014 02h45
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Pequim, 31 ago (EFE).- Fernando Chui Sai On foi reeleito neste domingo para o cargo de chefe executivo da região administrativa especial chinesa de Macau, com 380 dos 396 votos dos membros do comitê de eleição.

Chui, eleito pela primeira vez em 2009, terá que esperar a aprovação formal do governo central da China, dada como certa.

O cargo máximo político de Macau, da mesma forma que ocorre em Hong Kong, a outra das duas regiões administrativas especiais chinesas, não é eleito de forma direta pela população local.

Chui, de 57 anos, é um especialista em saúde pública que foi secretário de assuntos sociais e culturais entre 1999 e 2009.

Macau retornou à soberania chinesa em 1999 após vários séculos de administração e colônia portuguesa.

A eleição de hoje aconteceu ao mesmo tempo em que foi realizado um plebiscito extra-oficial convocado por grupos pró-democráticos para consultar os habitantes sobre o desejo de escolher o chefe executivo por voto universal em 2019, uma iniciativa semelhante a que há dois meses foi realizada em Hong Kong, referendada lá por 800 mil eleitores.

Esta consulta, bloqueada pelas autoridades, que detiveram alguns apoiadores, teve até agora quase 8.600 eleitores, em um território com 624 mil habitantes.

Também hoje, o Comitê Permanente da Assembleia Nacional Popular chinesa deve aprovar a reforma eleitoral para Hong Kong, uma decisão que ameaça aumentar o enfrentamento com os setores que pedem uma democratização completa desse território autônomo.

As mudanças afetarão a escolha do Conselho Legislativo de 2016 e a do chefe executivo da região, prevista para 2017.

Segundo declarações de vários responsáveis governamentais e parlamentares à imprensa estatal chinesa, o voto universal será permitido no território a partir de 2017.

No entanto, para ser candidato seria necessário conseguir o apoio de pelo menos metade dos membros de um comitê de indicação, e o número de candidatos finais seria limitado a dois ou três, segundo os detalhes que vazaram durante esta semana.

Estas ideias provocaram a oposição dos setores de Hong Kong favoráveis a democratização completa das eleições no território. Eles acreditam que o requisito de metade do apoio do comitê de indicação impedirá candidatos pró-democráticos de disputarem.

O movimento “Occupy Central” convocou para esta tarde uma manifestação diante da sede do governo local assim que for conhecida a decisão de Pequim, um protesto para o qual as autoridades mobilizaram sete mil policiais, segundo informações da imprensa de Hong Kong. EFE

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