Fidel Castro afirma que Rússia e China são “escudo poderoso” da paz mundial

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 03h47

Havana, 8 mai (EFE).- Em artigo publicado nesta sexta-feira pela imprensa oficial de Cuba, o ex-presidente Fidel Castro afirmou que Rússia e China constituem “um escudo poderoso da paz e da segurança mundial” que pode contribuir para frear os perigos à espécie humana.

No texto intitulado “Nosso direito a ser marxistas-leninistas”, com a data de ontem, Fidel Castro aborda temas como a comemoração na Rússia do 70º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista, as disputas mundiais do século passado, o papel soviético na Segunda Guerra Mundial e os problemas de sobrevivência enfrentados pela humanidade.

O líder da revolução cubana se referiu à “sólida aliança” entre os povos de Rússia e China e declarou que “ambos os países, com cooperação, ciência avançada e poderosos exércitos e valentes soldados, constituem um escudo poderoso da paz e da segurança mundial, a fim de que a vida de nossa espécie possa ser preservada”.

Preocupado com o crescimento populacional e ameaças como “a escassez de água e alimentos para bilhões de pessoas em um breve espaço de tempo”, o ex-líder cubano também cita que “a saúde física e mental, e o espírito de solidariedade são normas que devem prevalecer, ou o destino do ser humano será perdido para sempre”.

Fidel também considera que milhões de cientistas “podem aumentar as possibilidades de sobrevivência da espécie humana, já ameaçada”, e lamenta que não seja mencionada a migração à Europa Ocidental de “um rio de emigrantes africanos, do continente colonizado pelos europeus durante centenas de anos”.

O escrito de Fidel, de 88 anos e afastado do poder desde 2006, coincide com a visita à Rússia do irmão e sucessor na presidência, Raúl Castro, que se reuniu ontem com o líder russo, Vladimir Putin, e comparecerá em Moscou às comemorações pelos 70 anos da vitória na Segunda Guerra Mundial.

“Ao comemorar o 70º aniversário da Grande Guerra Pátria (como se chama na Rússia o período da Segunda Guerra Mundial desde a invasão da URSS pelos nazistas em junho de 1941), desejo deixar clara nossa profunda admiração pelo heroico povo soviético, que prestou um serviço colossal à humanidade”, disse o ex-governante cubano.

Segundo Fidel, “os 27 milhões de soviéticos que morreram na Grande Guerra Pátria o fizeram pela humanidade e pelo direito a pensar e a ser socialistas, ser marxistas-leninistas, ser comunistas, e a sair da pré-história”. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.