Filha do rei Juan Carlos atribuiu ao marido gestão em empresa conjunta

  • Por Agencia EFE
  • 20/02/2014 13h42

Palma de Mallorca (Espanha), 20 fev (EFE).- Em sua declaração perante um juiz, a infanta Cristina, filha mais nova do rei Juan Carlos, atribuiu a seu marido, Iñaki Urdangarin, a tomada de decisões e a gestão da empresa que compartilhavam, para onde supostamente foram desviados fundos públicos.

“Confiava nele, ele sugeriu que eu fizesse parte e eu aceitei”, afirmou a infanta Cristina perante o juiz José Castro do tribunal de Palma de Mallorca, nas Ilhas Baleares (Espanha), em 8 de fevereiro, para justificar por que formou junto com seu marido a sociedade “Aizoon”, na qual cada um tinha 50%.

Isso figura na transcrição do comparecimento da infanta perante o juiz como acusada por supostos delitos fiscais e de lavagem de capitais, no marco da investigação do caso sobre um suposto desvio de fundos públicos do Instituto Nóos, uma entidade sem fins lucrativos que era dirigida por Urdangarin junto com seu sócio Diego Torres.

A infanta declarou que seu marido decidiu criar a “Aizoon” “para canalizar seus ingressos profissionais”, segundo a transcrição que o juiz entregou às partes e que hoje foi revelada aos meios de comunicação.

“A partir daí, eu não tive logo mais nada a ver. Não intervi em nada”, disse a infanta.

A acusada respondeu reiteradamente que não tinha conhecimento da atividade da “Aizoon” e afirmou que foi a confiança total em seu marido que fez com que ela entrasse no projeto.

“Eu me ocupava das crianças, suas atividades, da escola e de tudo o que tinha a ver com eles, com médicos e demais, e meu marido se ocupava de toda a parte das despesas”, declarou a filha do rei da Espanha no tribunal de Palma de Mallorca.

A infanta manifestou, além disso, que em algumas da atas de juntas da “Aizoon” e outros documentos algumas das assinaturas não pareciam a de seu marido.

A filha do rei Juan Carlos depôs perante o tribunal de Palma de Mallorca durante seis horas no último dia 8 de fevereiro. EFE

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